Escola desenvolve Teatro Inclusivo
15 de agosto de 2017Na Escola Básica Municipal Vila Real uma peça teatral inclusiva, envolveu os alunos em um espetáculo reflexivo chamado “O Pequeno Príncipe em Uma Viagem Fantástica”. Apesar de o assunto ser notícia, na escola a inclusão não é novidade. As ações são voltadas a todos os estudantes da instituição e priorizam o desenvolvimento integral das crianças.
De acordo com a professora Leonora Maria Machado, a ideia em realizar o teatro surgiu pela necessidade de fazer algo diferente para chamar a atenção de todos os alunos despertando ainda mais o interesse em aprender. A atividade envolveu a turma da 6ª série, através de atitudes cívicas, afetivas, morais e biológicas, adaptada e baseada na obra O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, fazendo uma viagem ao sistema nervoso central e trazendo como um dos atores o Mateus Ferrari, que tem Síndrome de Down.
“O Mateus é nosso amigo desde sempre, mas agora, com o teatro ele fica bem mais na sala de aula e também vai facilitar para ele viver melhor em sociedade”, disse o colega de turma, André Luiz de Oliveira, de 12 anos.
Pensando em fixação da aprendizagem optou-se por adotar uma metodologia criativa e interdisciplinar na qual os alunos se preparam para se apresentar como atores. Cada papel desempenhado teve um significado de acordo com o conteúdo, assim todo o sistema nervoso foi representado de forma simplificada e acessível a todos os públicos.
“O Pequeno Príncipe viaja para seu interior para saber o que acontece com o corpo humano. Para nós foi uma experiência nova, aprendemos sobre muitas coisas e percebemos que todos nós somos capazes de interagir e aprender”, contou a aluna Jhenifer Popkievicz, de 12 anos.
O objetivo do projeto foi trabalhar o conhecimento do corpo humano, por meio da inclusão e interação, proporcionando à turma o conhecimento do seu corpo e desta maneira colaborar para que a criança tenha oportunidade de atuar efetivamente no mundo, opinando, criticando e sugerindo. O projeto também permitiu ajudar os alunos a desenvolverem alguns aspectos como criatividade, coordenação, memorização e vocabulário. Compreender melhor o seu corpo, sua postura e relação com o outro e os valores de maneira prazerosa.
De acordo com a professora Leonara, “a partir do momento que começamos ensaiar a peça, todos se aproximaram ainda mais, e a ajuda mútua em torno das dificuldades de cada um surgiu voluntariamente e certamente foi muito além de um teatro de escola, isso ficará marcado na vida deles e na minha como professora. Teatro também é inclusão e nesta perspectiva, tenho certeza que os alunos de maneira geral superaram suas dificuldades”,
De acordo com a Secretária de Educação, Sandra Galera, “incluir não é apenas matricular, é identificar as barreiras que estão dificultando ou impedindo o acesso ao conhecimento, para poder torná-lo acessível a todos. A escola é um espaço inclusivo quando todos se sentem incluídos e a acessibilidade ao conhecimento seja para todos. Ao assistirmos um teatro como este, temos a certeza de que o direito à educação acontece cotidianamente em nossas escolas”, enfatiza.