CHAPECÓ – 28 anos de prisão para envolvidos em homicídio em casa de shows
18 de agosto de 2017O fato ocorreu em 11 de abril de 2016. Depois de quase 15 horas de julgamento, Lucas Ercego e Juliano Domingues de Arruda foram condenados por crimes cometidos no dia 11 de abril de 2016 em uma casa de shows no bairro Líder, em Chapecó. Eles foram acusados por um homicídio e duas tentativas de homicídio. Ercego foi condenado a 18 anos de prisão e Arruda a 10 anos, ambos com regime inicial fechado.
A sessão do Tribunal do Júri que julgou o caso foi realizada na segunda-feira (14) em Chapecó e presidida pelo juiz Jeferson Vieira, da 1ª Vara Crime. Conforme a sentença assinada pelo magistrado, Lucas Ercego foi acusado de ter feito os disparos para atingir os seguranças do estabelecimento depois de ter sido retirado por eles da casa de shows.
Os tiros acabaram atingindo três frequentadores da casa, dois deles ficaram feridos, mas Wellington Bongiovanni, que havia levado um tiro no peito, não resistiu aos ferimentos e morreu. Ercego foi condenado a 18 anos de prisão em regime inicial fechado.
Já Juliano Domingues de Arruda foi acusado de fornecer a arma usada por Ercego e providenciar a fuga dele após o crime. Ele foi condenado a 10 anos e seis meses de prisão em regime inicial fechado. Os dois condenados seguem presos.
Segundo julgamento
Em relação a este mesmo caso, o magistrado explica que existe ainda uma segunda morte, da adolescente Rodineia de Mello, que estava em via pública e foi atingida na cabeça por um disparo, que é atribuído a um segurança do estabelecimento. “Esse fato é apurado em processo desmembrado e poderá ir a júri oportunamente”, destaca Vieira.
Relembre
Rodineia de Mello e Wellington Bongiovanni morreramapós serem baleados na madrugada do dia 11 de abril de 2016, após uma troca de tiros entre Lucas Ercego e os seguranças de uma casa de shows no prolongamento da Avenida Getúlio Vargas. Durante o fato, outras duas pessoas ficaram feridas e foram atendidas pelos Bombeiros. Bongiovanni chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu.
No dia dos fatos, a Polícia Militar informou que Ercego havia sido retirado do estabelecimento pelos seguranças, depois de uma discussão. Ele voltou armado ao local e começou a disparar contra os seguranças, fugindo em seguida com a ajuda de Juliano Domingues de Arruda.
Em buscas ao suspeito do crime, a PM e Polícia Civil conseguiram localizar os dois homens e o carro que teria sido usado na fuga, um GM Astra, que possuía marcas de sangue no interior. Os dois foram presos horas após o crime. Uma arma foi localizada e apreendida próximo ao estabelecimento.
Fonte: ROBERTO LORENZON