Audiência debate uso de aparelhos móveis para fins pedagógicos na sala de aula

Audiência debate uso de aparelhos móveis para fins pedagógicos na sala de aula

24 de outubro de 2017 Off Por Chapecó



  • Foi realizada na tarde desta segunda-feira (23), no Auditório Deputada Antonieta de Barros, uma audiência pública para debater o Projeto de Lei (PL) número 0198/2016, que altera a Lei 14.363, de janeiro de 2008, que institui a proibição do uso de celulares dentro das salas de aula de escolas públicas e privadas de Santa Catarina.

    O PL, que está em análise na Comissão de Educação, Cultura e Desporto, tem por objetivo revogar a proibição e permitir o uso dos dispositivos móveis exclusivamente para fins pedagógicos.

    Estiveram presentes na audiência o deputado Antônio Aguiar (PMDB), autor do PL, Rodrigo Minotto (PDT), relator do projeto, Felipe Xavier de Oliveira, representando o secretário estadual de educação Eduardo Deschamps, Maurício Pereira, secretário municipal de educação de Florianópolis, e demais membros da classe educacional, entre diretores, professores e alunos da rede pública e privada.

    O PL prevê que o uso dos aparelhos móveis, dentro de salas de aula, seja permitido exclusivamente para o desenvolvimento de atividades didático pedagógicas devidamente autorizadas pelos professores.

    “Temos que aperfeiçoar as leis. Essa lei foi criada há nove anos, quando o celular servia só pra tirar a atenção do aluno. Com a evolução da informática, temos que inserir a tecnologia para o beneficio do aluno, mas essa informação tem que ser de maneira responsável, feita pelos professores, tendo limites”, frisou o deputado Antonio Aguiar.

    Para Louisa Carla Farina Schöter, professora e coordenadora no Colégio Catarinense, o maior desafio está no controle do uso: “É inegável o uso do celular, já faz parte do dia-a-dia da sociedade, mas temos que pensar no uso ético desses dispositivos, como controlar para que essa tecnologia seja usada de forma didática”.

    O secretário municipal de Educação de Florianópolis, Maurício Pereira, lembrou sobre a questão de capacitação dos educadores: “Temos de incentivar a tecnologia como ferramenta de ensino, trazer como uso de fins pedagógicos. Mas temos que pensar também sobre a capacitação dos professores que vão fazer o controle desse uso. Os professores tem que procurar se adequar à essa nova realidade”, disse.

    Com a alteração sendo aprovada na Comissão de Educação, o projeto ainda terá de passar pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público antes de ir à votação no Plenário. “Atualmente existe uma lei que proíbe o uso, mas vivemos em um mundo moderno, as tecnologias estão aí, então queremos discutir e buscar um caminho bom para todos para que possamos ter uma definição. É claro que há controvérsias, mas isso que é interessante, buscar da sociedade essa informação para que o nosso relatório possa ser o melhor possível de interesse da coletividade”, frisou o deputado Minotto.

    Fonte: Alesc