Chapecó se despede da voz marcante de Casemiro Roberto
21 de dezembro de 2017
É com essa frase que o radialista Casemiro Roberto definia o que a profissão sempre representou em sua vida: Narrador de histórias e notícias. Apaixonado pela profissão, Casemiro sempre foi reconhecido pela voz marcante, inconfundível e que há anos conquistou ouvintes fiéis, sempre ligados nas manhãs da Rádio Chapecó AM, onde ele trabalhava há 30 anos e apresentava o programa Bom Dia Chapecó. Há algum tempo Casemiro Roberto lutava contra um câncer. Ele faleceu na tarde desta quinta-feira (21).
“Comunicação é a minha paixão”, dizia Casemiro Roberto.
Cerimonialista do Planalto conta influência de Casemiro Roberto em sua trajetória.
Das inúmeras entrevistas e matérias onde Cassão, como era conhecido entre os amigos, contava sua história e como o rádio entrou em sua vida relembram sua infância. Com apenas oito anos ele transformou o sótão de casa, em Joinville onde morava, em sua rádio particular.
Com a rádio em casa, Casemiro começou a reeducar a voz, e dos 6 aos 15 anos, só fez isso. Ele produzia e lia textos de revistas da época, tinha muitos gibis, e se alfabetizou. E foi assim que Casemiro aprimorou a leitura, fazia a sua rádio brincando, e acabou descobrindo que quando se tem uma disciplina muito correta, a voz também melhora. Aos 18 anos, foi que veio o vozeirão que sempre encantou a todos. E foi ali que ele viu que o rádio era sua grande paixão.
Trajetória
O radialista passou por várias emissoras e trabalhou em 26 estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, com grandes nomes do rádio, e grandes professores, e de todas as cidades por onde passou, foi Chapecó que conquistou o coração do radialista. Como prestador de serviços, teve a oportunidade de inaugurar com prefeitos de vários partidos, diversas obras. Mais um capítulo na sua história de vida, junto com Chapecó.
Casado duas vezes, Casemiro tinha na segunda esposa, Maria Vieira. Ela criou os três filhos do primeiro casamento, Luiz Adriano Vieira e Casemiro Roberto Vieira Jr, e a Natália Roberti Vieira, e com ela, Casemiro teve mais duas filhas, Melissa Roberta Vieira e Rafaella Roberta Vieira.
Momentos marcantes
Em anos de radiojornalismo Casemiro contabiliza momentos bons e ruins. A morte do prefeito Dilso Cecchin e de Plínio Arlindo De Nês. Ele transmitiu o velório e o sepultamento dos dois, momento que a cidade ficou toda fragilizada. Mas nem só de lembranças tristes é feita a história do radialista. A inauguração do Restaurante Popular é uma obra que se orgulhou de participar. O Centro de Eventos é outro espaço que Casemiro tinha um carinho especial. A Arena Condá e a Chapecoense, que ele acompanhou em 1977, ele considerava o xodó da torcida.
Reconhecimento
A dedicação a profissão e a voz marcante renderam ao radialista homenagens. Ele recebeu em 2006 o Microfone de Ouro da Acaert como melhor noticiarista do ano. Em 2013 recebeu o Título de Cidadão Honorário de Chapecó uma homenagem pela significativa participação no desenvolvimento e crescimento da comunicação chapecoense.
Fonte: Diário do Iguaçu
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