Cadastro de membros será obrigatório nas torcidas organizadas para entrar na Arená Condá
9 de fevereiro de 2018Desde fevereiro de 2014 – quando ingressou na primeira divisão do Campeonato Brasileiro -, a Associação Chapecoense de Futebol conta com a ajuda fundamental de uma Comissão de Segurança que atua nos jogos da Arena Condá. Formada pela Polícia Militar, pela Polícia Civil, pela Polícia Rodoviária Federal, pela Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção Chapecó, da Prefeitura de Chapecó – através de suas secretarias -, da Segurança Privada, da Segurança do Clube, dos Bombeiros Militares e da Polícia Rodoviária Militar Federal, a Comissão de Segurança age a fim de garantir a tranquilidade nos eventos esportivos e é um projeto piloto para todos os clubes.
Conforme Adriana Gottardi, nova Presidente da Comissão, a principal atribuição da comissão é preventiva. “A Comissão de Segurança atua, principalmente, antes da realização dos jogos, na organização das escoltas das torcidas organizadas, escoltas dos jogadores e comissão técnica. Estuda toda a forma de melhor recepção e prevenção das pessoas que irão participar dos jogos, seja através de avião, ou desde estacionamento dos ônibus e veículos até a revista pessoal, bem como o acompanhamento das chegadas das torcidas adversárias desde os trevos de acesso à Chapecó”.
Fator importante para contribuir com o trabalho da comissão é a estrutura instalada na Arena Condá. São inúmeras câmeras de monitoramento – e o número está sendo ampliado – além de uma “Delegacia Itinerante” que funciona, desde a metade do último ano. “A comissão de segurança possui internamente uma delegacia itinerante em todos os jogos, tendo em vista a suspensão da Justiça Presente. Essa delegacia – que conta com a participação da OAB, PM e PC – possibilita providenciar, caso necessário, a confecção do termo circunstanciado com a identificação do autor dos fatos e caso necessário encaminhamento do documento para constar em Súmula”, explica.
Neste ano, a novidade fica por conta do cadastramento das torcidas organizadas. Este processo é uma exigência do Ministério Público e é bastante minucioso: vai da entrega dos documentos de cada integrante das torcidas ao clube – que deve ocorrer até o dia dez de fevereiro -, da conferência dos documentos pelo clube e entrega a Polícia Militar, que fará a análise de todas as informações. Após a composição da base de dados, o clube fica responsável pela emissão da carteirinha de identificação, que devem ser entregues a cada torcedor até o dia 25 de fevereiro. Os membros das torcidas só poderão entrar no estádio portando este documento.
Além disso, por determinação as torcidas organizadas deverão ingressar no estádio até uma hora antes do início do jogo, as faixas utilizadas só poderão ter até 20 metros e instrumentos só poderão ser portados e utilizados por torcedores devidamente cadastrados. A partir da base de dados criada com o cadastramento, será possível estreitar a fiscalização e punição em caso de delitos. “Serão punidas quaisquer atitudes desleais fora e dentro da Arena Condá – como, por exemplo, em jogos de outras cidades”, finaliza Adriana.
Por Alessandra Seidel