Justiça faz vistoria no presídio feminino de Chapecó às vésperas da inauguração
16 de novembro de 2018Uma unidade prisional precisa muito mais do que camas e grades. Para garantir o bom funcionamento do novo presídio feminino de Chapecó, o juiz da 3ª Vara Criminal da comarca, Gustavo Marchiori, vistoriou a estrutura prestes a inaugurar. O magistrado considerou que a estrutura física é boa e que as necessidades básicas para o início das atividades já estão providenciadas, como internet, luz, água e o mobiliário. A inauguração deve acontecer ainda em novembro.
“O único fator que impede a ocupação imediata do espaço é a falta de um acesso aos beliches de cima. As camas precisam de uma escada, ou algo assim, porque são bem altas”, avaliou. A administração comprometeu-se em organizar o acesso antes da inauguração. Outras sugestões de melhorias foram feitas, mas que não atrapalham o funcionamento da unidade. A principal delas é a instalação de um sistema de vídeo monitoramento.
A gerente do presídio feminino, Simone Silva Moura, acredita que será um desafio para todos. “O que não está adequado, será adaptado. Já trabalhamos em situação precária. Esse prédio novo é uma maravilha”, ressalta Simone. Para atuar na segurança do presídio feminino, foram contratados 63 agentes penitenciários femininos, em caráter temporário, além de profissionais da saúde e área técnica.
O diretor do Departamento de Administração Prisional (DEAP-SC), Deiveison Querino Batista, conta que outros dois presídios femininos, iguais ao de Chapecó, estão em andamento no estado: Joinville e Itajaí. A unidade do Oeste será a primeira a inaugurar. Com 286 vagas, a estrutura permite receber as internas locais e também as detentas de Concórdia, Joaçaba e, talvez, de Caçador. Mesmo assim sobrariam mais de 100 vagas. “Acreditamos que esta unidade não superlotará porque os outros presídios femininos do estado estão em regiões estratégicas para atender as demandas locais”, destaca. A ocupação, em Chapecó, deve acontecer logo após a inauguração, de maneira gradativa.
Estrutura diferenciada
São 6400m² de área construída em 12 mil m² de área total. O modelo e a estrutura são os mesmos das outras duas unidades ainda em construção no estado. A maternidade é um grande diferencial. Os quartos possuem berço, banheira, trocador e banheiros especiais. Nesse espaço, ficarão as mulheres com gestação de risco e depois de ter o bebê. A criança e a mãe podem fazer uso das instalações até seis meses após o nascimento.
Texto e fotos: Elizandra Gomes/TJSC