Homem mata namorado da prima e é condenado a 12 anos de prisão em Chapecó
20 de novembro de 2018O primeiro júri da comarca de Chapecó, em novembro, sentenciou a morte de Adriano Antônio da Cruz, ocorrido no dia 14 de agosto de 2009. De acordo com as testemunhas, o jovem trabalhava em uma mecânica de motos e foi atraído para um determinado local, no bairro São Pedro. Ao chegar no local, o acusado tentou derrubar Adriano da moto. Quando a vítima quis fugir com o veículo, foi atingido pelas costas por três disparos de arma de fogo. O mecânico ficou sete dias internado no hospital antes de falecer. Nesse período ele contou para alguns familiares o que tinha acontecido.
O júri popular condenou o agressor, Adriano Luiz Borges, a 12 anos de prisão em regime fechado. Os jurados entenderam que o modo como os tiros foram efetuados e a situação em que a vítima se encontrava (sentada na motocicleta, tentando fugir do local), dificultaram sua defesa. Por isso reconheceram a qualificadora que dificultou a defesa da vítima. O réu confessou o crime e disse que tinha desavenças antigas com Adriano Antônio da Cruz.
Júri especial
Essa sessão do Tribunal do Júri foi especial para a juíza substituta Letícia Bodanese Rodegheri que presidiu o julgamento. Foi o primeiro júri da magistrada em Chapecó, desde que assumiu em 22 de outubro passado.
“A comunidade pode esperar muita dedicação e comprometimento da minha parte, conferindo a devida atenção e respeito ao processo e às partes, a fim de dar o retorno esperado do Poder Judiciário”, ressaltou.
Programação especial em novembro
Esse julgamento faz parte da programação especial de novembro dos Tribunais de Santa Catarina. É o Mês do Tribunal do Júri, iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para acelerar julgamentos dos crimes dolosos contra a vida. O Judiciário catarinense estima realizar cerca de 100 júris populares em 50 comarcas até o final de novembro. Abertas ao público, as sessões despertam sempre muita atenção e curiosidade. O Tribunal do Júri é composto de sete pessoas, sempre sob a presidência de um juiz.
Texto e foto: Elizandra Gomes/TJSC