Operação mira R$ 70 milhões em bens de suspeitos de tráfico internacional nos portos de SC

Operação mira R$ 70 milhões em bens de suspeitos de tráfico internacional nos portos de SC

2 de julho de 2019 Off Por Eduardo Grassi



  • Total de imóveis de luxo, veículos e máquinas sequestradas ultrapassa
    R$ 70 milhões de reais.

    A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (02/07) a operação JÓAIS
    DO OCEANO, visando à descapitalização de um grupo de traficantes que vinha
    atuando em ações de exportação de drogas para a Europa e outros países por
    meio dos Portos marítimos de Itajaí e Navegantes, em Santa Catarina.
    Cerca de 35 integrantes da organização criminosa já haviam sido presos no final
    de 2017, inclusive os chefes do grupo, quando foram identificadas remessas de
    mais de 8 toneladas de cocaína para países como Bélgica, Holanda, Itália,
    Espanha, Turquia e México.
    Em continuidade às apurações, identificou-se que os principais investigados
    possuíam patrimônios milionários em seus nomes e nos de terceiros (parentes,
    empresas e outros ‘laranjas’), passando então as ações policiais a concentrar-se
    na licitude da aquisição dos bens e nos mecanismos usados para a lavagem do
    dinheiro do tráfico.
    Como fruto dessas novas investigações, por determinação do Juízo da 1ª Vara
    Federal Criminal de Itajai estão sendo sequestrados, apreendidos e bloqueados
    na data de hoje 25 imóveis, 23 automóveis e caminhões e 05 embarcações, além
    de maquinário pesado utilizado na logística retroportuária cujos indícios revelam
    ter sido adquirido com o dinheiro ilegal do tráfico de drogas.
    Vários imóveis são de alto luxo, incluindo-se aí apartamentos nos condomínios
    mais renomados de Balneário Camboriú, Joinville e São Francisco do Sul, casa de
    campo e salas comerciais. Os automóveis seguem o mesmo padrão, englobando
    porsche, ferrari, lamborghini e outros.
    Além disso, 140 policiais estão cumprido 32 mandados de busca e apreensão nas
    cidades de Balneário Camboriú, Barra Velha, São Francisco do Sul, Joinville e
    Araquari para que possa haver maior aprofundamento das investigações. Foi
    determinada, ainda, a prisão preventiva de um dos principais líderes do grupo,
    que estava em liberdade condicional desde 12/2017.
    As ações tem por objetivo principal a descapitalização efetiva do grupo criminoso,
    para que os bens e valores obtidos com as práticas criminosas retornem ao Estado e a sociedade.
    Por suas condutas, os investigados responderão ainda pelo crime previsto na Lei
    9.613/98 (lei de lavagem de dinheiro), que prevê pena de 3 a 10 anos de prisão,
    com aumento de um a dois terços por se tratar de reiteração criminosa.