Mantida condenação de vereador de Chapecó por sete tentativas de homicídio ao dirigir embriagado

Mantida condenação de vereador de Chapecó por sete tentativas de homicídio ao dirigir embriagado

10 de setembro de 2019 Off Por Editor



  • Em julgamento realizado na tarde desta terça-feira (10/9), a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina manteve a condenação do vereador de Chapecó Arestide Fidelis, no Oeste, acusado por tentativa de homicídio contra sete pessoas e por embriaguez ao volante por ter colidido com dois veículos no dia 1º de maio de 2014. A defesa do parlamentar recorreu da sentença proferida em júri popular realizado no fórum da comarca de Chapecó em 12 de abril deste ano.

    No entanto, o grupo de desembargadores deu parcial provimento ao recurso, a fim de afastar a valoração negativa da culpabilidade – no júri popular, o Conselho de Sentença considerou que o réu ocupava cargo de vereador e tinha especial dever de evitar a prática de ações temerárias. O julgamento desta terça também reconheceu a atenuante da confissão quanto aos delitos contra a vida, ajustando a dosimetria da pena para seis anos de reclusão (desta vez no regime semiaberto) e seis meses de detenção (no regime aberto). O julgamento ocorreu por unanimidade, sob relatoria do desembargador Sérgio Rizelo. Desta nova decisão também cabe recurso.

    De acordo com a denúncia apresentada, o caso ocorreu no Contorno Viário Oeste, na altura do bairro Santo Antônio, em Chapecó. Segundo testemunhas, o parlamentar estava na contramão quando atingiu a lateral do primeiro carro onde estavam um casal e um menino de quatro anos de idade (a mulher estava grávida de sete meses).

    O vereador continuou trafegando em alta velocidade pela mão contrária da via e bateu de frente com outro veículo. Neste estavam um casal e os dois filhos (um menino com nove anos e uma adolescente com 13 anos). A jovem teve ferimentos mais graves e traumatismo craniano. Todos os envolvidos foram atendidos por equipes de socorro e se recuperaram.

    O vereador foi preso em flagrante e ficou no Presídio Regional de Chapecó por 33 dias. Após o deferimento de habeas corpus pelo TJ, pagou fiança e foi liberado