SKG abre fábrica em Valinhos de produtos para cortes em frigoríficos

SKG abre fábrica em Valinhos de produtos para cortes em frigoríficos

15 de janeiro de 2020 Off Por Nicole Thuler



  • Com inauguração de fábrica e fechamento de novas parcerias, SKG busca virar a solução para o mercado de cortes de proteína animal em frigoríficos.

    Da esquerda para a direita: Gustavo Martins e Wagner Huber, da SKG, com facas da Tramontina: empresa passa a comercializar itens da marca para frigoríficos

    Buscando uma nova posição no mercado brasileiro de cortes de proteína animal em frigoríficos no Brasil, a SKG inaugura sua fábrica de serra fitas e firma parceria para a produção de máquinas de afiação. Essa é uma guinada nos negócios da empresa, que é a maior distribuidora de itens de corte para frigoríficos e agora parte para a produção de produtos próprios.

    Localizada em Valinhos, no interior de São Paulo, a nova fábrica de serra fita da SKG foi desenvolvida em parceria com a Munkfors, empresa sueca que figura entre as líderes mundiais no segmento.

    Wagner Huber, gerente de operações na SKG, diz que “esta parceria é estratégica e alia a experiência da Munkfors na produção de serra fita com o know how da SKG no entendimento das demandas do mercado brasileiro e atendimento aos clientes, reforçando inclusive a entrada da marca sueca no cenário nacional”.

    Segundo Huber, na primeira etapa do projeto, as lâminas serão produzidas na Suécia e finalizadas na fábrica do Brasil, permitindo uma customização de acordo com a necessidade dos clientes. Como serra fitas são utilizadas em diferentes tarefas dentro de um frigorífico, existe uma demanda específica para cada produto. “Cada aplicação exige uma dentição e uma liga metálica diferente. Nosso vendedor técnico vai até o frigorífico, identifica a demanda do cliente, realiza testes e define qual será a melhor serra fita para aquele corte”, reforça Wagner Huber.

    Outro diferencial da SKG é com relação à durabilidade das lâminas trazidas da Suécia. Normalmente uma serra fita tem capacidade para 350 a 450 cortes de carcaça bovina, enquanto que alguns modelos de serra fita Munkfors pode chegar à 1.000 cortes, o que atende a demanda diária de um grande frigorífico. “Como as lâminas são descartáveis, isso geraria uma enorme economia para esses frigoríficos, não só com o produto em si, mas no tempo destinado à substituição das serras durante o corte”, afirma Huber.

    Contando com um equipe formada por engenheiros e técnicos experientes, a fábrica da SKG é altamente tecnológica e possuirá capacidade de produção é de até 2.500 serras ao dia ao fim da primeira etapa do projeto junto a Munkfors.

    Além da produção de serra fitas, a SKG lança também sua marca própria voltada a soluções completas em todo o sistema de afiação: a Zênite, desenvolvida com parceiros estratégicos, inclusive com a Datec, do grupo Soma Sul e que possui expertise na construção de máquinas e projetos de automação. “O objetivo aqui é fornecer ao mercado máquinas de afiação que atendam frigoríficos de pequeno, médio e grande portes. No caso dos frigoríficos de grande porte, projetamos um “robô afiador”, que consiste em uma máquina automatizada para afiar facas e lâminas sem a intervenção manual de pessoas”, explica o gerente de operações da SKG.

    E por último, a SKG passa a oferecer ao mercado frigorífico novas marcas de facas, através de parcerias com a Tramontina, Starrett e Mundial. “Nosso foco é fazer com que essas marcas, que já são conhecidas dos consumidores brasileiros, cheguem também aos frigoríficos, a partir de linhas mais profissionais. Estaremos fornecendo nosso conhecimento inclusive para o aperfeiçoamento de facas a partir do feed back que recebemos de nossos clientes”, diz o gerente de operações da SKG.

    “Essa mudança de patamar faz a empresa traçar planos mais ousados. No momento, o foco é o mercado de corte de proteína animal em frigoríficos com a solidificação da Munkfors no mercado nacional. Mas, o objetivo próximo é alcançar o mercado de corte em açougues, inclusive com novos parceiros comerciais, além do mercado de corte em madeiras e o mercado de corte de aço e outros metais”, afirma Gustavo Martins, sócio-diretor da SKG.