Carne bovina para o Kuwait e a importância da certificação Halal
18 de fevereiro de 2020Abertura de mercado da carne bovina com o Kuwait é uma demonstração de confiança mútua
Um mercado que movimentou US$ 209,4 milhões em 2019 em produtos da pauta agropecuária nacional
Chapecó, 18 de fevereiro de 2020 – O ano inicia com boas novas vindas dos países árabes. Desta vez foi o Kuwait, país que fez parte da missão Oriente Médio realizada pelo Ministério da Agricultura em setembro do ano passado. Pela primeira vez o país abre suas portas para receber a carne bovina nacional. Antes do anúncio o país mantinha negócios com uma série de outros produtos, entre eles: milho, suco de laranja, café solúvel, farelo de soja, café verde, carne de frango (industrializada), carne de pato (in natura), castanha de caju e carne de peru (in natura).
O CEO da SIIL Halal, Chaiboun Darwiche, uma das mais importantes Certificadoras Halal da América Latina, faz suas considerações sobre o anúncio: “Este passo reforça o compromisso das cadeias de produção agropecuária nacional em atender as necessidades deste mercado no que tange as exigências relacionadas à qualidade e segurança alimentar. Sobretudo aos critérios estabelecidos à fé islâmica. Há muito tempo o Brasil se destaca no mercado global sendo hoje o maior produtor de carnes Halal. Possuir a certificação Halal é um requisito fundamental para acessar o mercado do Kuwait bem como outros países composto por consumidores muçulmanos”, salienta.
De acordo com ele, com o crescimento da religião ao redor do mundo, possuir a certificação Halal nos produtos se torna uma oportunidade de acesso a novos mercados para as empresas nacionais. Da indústria de alimentos, passando por bebidas, cosméticos e remédios são alguns bons exemplos de segmentos que necessitam do selo Halal. “Somos hoje uma empresa de excelência e apta para auditar, monitorar e certificar todo o processo industrial da chegada da matéria prima até o produto chegar ao consumidor sempre em conformidade às normas internacionais”, enaltece Chaiboun Darwiche e reforça: “O setor deve estar atento a essas tendências globais que influenciarão sobremaneira a modo de consumo.”
Vale lembrar que as pesquisas da Pew Research Center apontaram que em 2010 havia 1,6 bilhão de muçulmanos e 2,17 bilhões de cristãos no planeta. “Em 2050, serão 2,76 bilhões de muçulmanos e 2,9 bilhões de cristãos. Se ambas as religiões mantiverem o atual índice de evolução, os seguidores do islamismo serão mais numerosos em 2070. Portanto, possuir a selo Halal nos produtos, mais que sinônimo de segurança alimentar e rastreabilidade é saber que aquele produto atende de forma singular a Jurisprudência Islâmica e consequentemente o consumidor muçulmano”, prevê Chaiboun Darwiche.
Sobre a Siil Halal: Fundada em 1º de abril de 2008, a Siil Halal é uma empresa especializada em Serviço de Inspeção Islâmica que atua como Certificadora Halal. O trabalho inicia desde o projeto da linha de produção até a embalagem de produtos permitidos para consumo islâmico, assim como na fiscalização dentro das normas e regras ditadas pela Jurisprudência Islâmica. Para saber como ingressar no mercado Halal acesse: www.siilhalal.com.br