Chimarrão compartilhado está na mira do Ministério da Saúde como transmissor do Coronavírus

Chimarrão compartilhado está na mira do Ministério da Saúde como transmissor do Coronavírus

26 de fevereiro de 2020 Off Por Editor



  • Estava certa a previsão que o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, conforme entrevista ao Jornal Zero Hora na semana passada. Perguntado se era inevitável a chegada do coronavírus ao Brasil, disse que era muito provável que tivéssemos casos da doença por aqui.

    A confirmação do primeiro caso no país se deu hoje (26) e o secretário relembra algumas recomendações especialmente para os gaúchos, habituados a compartilhar o chimarrão:

    1) O Rio Grande do Sul tem alguma característica especial que favoreça a chegada do vírus?

    Podemos dividir essas características em grupos. O clima mais frio, por exemplo, faz com que os ambientes sejam mais fechados e com menos ventilação. Temos também o hábito do chimarrão, que é passado de boca em boca e que, apesar do calor da água, precisará ser debatido caso o vírus realmente chegue até o Estado. E há também o fluxo de pessoas gerado pelo comércio internacional, setor em que o Rio Grande do Sul tem papel de destaque.

    2) Passado o primeiro impacto, quais os maiores aprendizados?

    A velocidade das decisões é fundamental. Se a China não tivesse isolado a província onde surgiu o novo vírus, os efeitos já seriam bem piores. Passar informações claras e transparentes para a população é outro fator fundamental no combate à ameaça. Não se deve apelar para o alarmismo, mas seria um erro menosprezar os riscos.

    Com informações Zero Hora