Marcas NCD apoiam comércios de shoppings e abrem espaço nas lojas de rua
24 de abril de 2020 Off Por EditorNo período de centros comerciais e shoppings em geral impedidos de abrir as portas por decreto estadual as parcerias solidárias deram esperança de faturamento a outros segmentos.
Com a decisão do fechamento de shopping e centros comerciais, muitas marcas perderam a oportunidade de manter empregos e garantir o faturamento com a segunda melhor data para o comércio, o Dia das Mães. Sensibilizados com essa demanda lojistas associados ao NCD – Núcleo Catarinense de Decoração – cederam espaços nas lojas de rua para que essas marcas pudessem receber seus clientes. O apoio solidário é feito por tempo determinado, com autorização do shopping onde a loja funcionava e com todos os cuidados sanitários para evitar a disseminação do coronavírus.
Um dos primeiros exemplos do Estado veio de Blumenau. A empresária Magda Fiorese, dona da Sierra Móveis na cidade, amargou com o fechamento de loja por 20 dias na primeira fase do isolamento social. “Sabemos o quanto é difícil manter funcionários e contas em dia sem a chance de receber os clientes”, explica a lojista que na semana passada destinou uma parte da loja que tem cerca de 800 m² para duas marcas parceiras. “Fechamos a parceria com as donas da Arezzo e da Ótica Bayer que têm comércios nos Shoppings Neumarkt e Norte e que não teriam como atender os clientes”, complementa. As duas marcas montaram stands em espaços separados da loja respeitando o limite de 15 m² por cliente e higienização redobrada do local. E Magda não se restringiu apenas a marcas dos centros comerciais. A cadeia colaborativa envolve também artistas da região que estão usando a Sierra para expor obras como Laís Odeli, Ottoni, Telomar e Flávia Saut.
O exemplo de Magda contagiou outros lojistas associados ao Núcleo Catarinense de Decoração. A Ambientha, especializada em laminados, cortinas, tecidos e papeis de parede também destinou espaço para uma marca parceira de lingerie. A Intimissimi instalou um showroom dentro da loja para atender as clientes enquanto os shoppings não reabriram e mantém agora mesmo com a liberação. “A marca vem com equipe reduzida de atendimento e restrição à quantidade de clientes, mas ao menos tem a chance de receber consumidores que vão ajudar a girar a economia local”, justifica a lojista Marina Molinari. Em Chapecó, Carine Barcarol, ofereceu um espaço da Finger para uma marca de sapatos que tem loja no shopping da cidade. “Acreditamos que a solidariedade e o olhar para o outro é a grande lição com toda essa situação”, explica a empreendedora.
O NCD divulga essas iniciativas junto com uma campanha da entidade que tem 166 lojas associadas e que começa nos próximos dias. A ideia é valorizar o comércio regional que gera empregos e movimenta uma cadeia que no caso do NCD envolve cerca de 25 mil pessoas entre empresários, funcionários, terceirizados, arquitetos, designers, decoradores e prestadores de serviço. “Nossa campanha quer estimular a cadeia colaborativa como forma de garantir que todos juntos consigam sofrer menos com os impactos dessa situação sem precedentes no mundo”, explica o presidente do NCD, Márcio Moreal.