Preso suspeito de matar a mãe e a sobrinha de 10 meses com golpes de pá no RS
10 de junho de 2020Homem, de 19 anos, alega que não se lembra do que aconteceu. Ele já havia sido preso, no ano passado, por arrancar a orelha da companheira, menor de idade, que estava grávida.
Um jovem é suspeito de matar a mãe, de 75 anos, e a sobrinha, de 10 meses, com golpes de pá, nesta quarta-feira (10), em Rio Grande, na Região Sul do estado. Ele foi preso em flagrante.
Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu por volta das 5h. O suspeito, de 19 anos, teria começado uma discussão com a mãe. A irmã dele saiu para buscar ajuda de vizinhos e quando retornou, encontrou a mãe morta e a filha ferida.
A bebê apresentava lesões e foi encaminhada pelo Samu ao Hospital Santa Casa. Apesar do atendimento médico, não resistiu e morreu.
“O jovem prestou depoimento, mas não soube explicar o que aconteceu. Ele disse que não se lembra, não sabe dizer o porquê, o motivo”, afirma a delegada regional de Rio Grande, Lígia Furlanetto.
Segundo a Delegacia da Mulher de Rio Grande, o jovem foi preso em outubro do ano passado por arrancar a orelha da companheira, que era menor de idade na época. Ela estava grávida. Ele ficou 51 dias preso.
“Ele mordeu a orelha da companheira. Essa jovem, que era menor de idade, acabou reatando o relacionamento com ele. Ela não compareceu para fazer os exames complementares, que era necessário para que se pudesse ter mais provas. Ela também não foi depor. A mãe dela relatou, então, que ela não queria prejudicar o companheiro”, acrescenta a delegada.
Segundo o fórum de Rio Grande, na época, quando o jovem foi preso, ele foi encaminhado pelo Juizado a participar dos projetos “Ressignificando a violência contra a Mulher” e “Metendo a Colher – um olhar sobre o agressor”, realizados na Penitenciária Estadual de Rio Grande (PERG), visando ao tratamento de agressores de violência doméstica dentro da penitenciária.
A metodologia do trabalho é intervenção individual e em grupo nos casos de violência de gênero feminino, com enfoque na reeducação e ressocialização do agressor. Os projetos têm como perspectivas promover mudanças de atitudes e comportamento sobre a violência de gênero, e são direcionados à prevenção de novos episódios, redução e interrupção do ciclo de violência para coibir e diminuir a reincidência da violência familiar e doméstica.
Sobre a morte da mãe e da sobrinha, o jovem deve responder pelo crime de feminicídio e homicídio qualificado consumado.
Com informações G1 Rio Grande do Sul