Recuperação: Sindicato aumenta salário do trabalhador no material plástico com 100% do INPC
26 de abril de 2016Apesar do recrudescimento da economia negociação foi considerada satisfatória também pela garantia do emprego
Chapecó (26.4.2016) – A crise econômica nacional está provocando estragos no setor produtivo, impedindo maior avanço salarial às classes trabalhadoras. Mesmo diante de circunstâncias nada estimulantes, os trabalhadores da indústria do material plástico de Chapecó recuperaram integralmente as perdas registradas nos últimos doze meses. Os salários de toda categoria, com data base em 1º de abril, estão sendo reajustados em 9,91%, percentual que corresponde a 100% do INPC acumulado no período. A folha deste mês já será paga com a devida correção.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Material Plástico de Chapecó – Stimpc, fechou a nova Convenção Coletiva de Trabalho – CCT “dentro da expectativa”, resumiu o presidente Vilson Silveira. Disse que esta foi “a mais difícil negociação salarial dos últimos anos”. O vilão da falta de avanços mais consistentes “é a crise econômica que assola o país”, justifica. Uma das grandes preocupações do sindicato foi garantir a manutenção do emprego. “Não queremos que os profissionais de nossa categoria façam crescer a lista dos mais de dez milhões de desempregado no país”, ponderou o sindicalista.
Houve resistências, mas prevaleceu o bom sendo com o Sindiplasc (Sindicato da Indústria do Material Plástico do Oeste), presidido pelo empresário Djalma Velho de Azevedo. Silveira considera o aumento da matéria prima e insumos da indústria como fator degenerativo a elevação salarial. “Isso causa transtorno e imensas dificuldades ao um entendimento mais evolutivo”, esclarece. “Precisamos pensar na conservação dos postos de trabalho”. O dirigente destacou o diálogo “de alto nível” e a boa relação mantida entre capital e trabalho “comportamento que auxilia muito ao consenso”.
Aquecimento econômico – Os salários normativos (piso mínimo) dos trabalhadores passam a ser de R$ 1.211,00 para o setor transformação e R$ 1.127,00 à área de reciclagem. A cesta básica mensal agora é de R$ 56,00. O repasse integral da inflação aos salários significa “recurso adicional na mão do trabalhador” e mais dinheiro “girando na economia do Estado”, enfatiza.
As cláusulas sociais da atual CCT foram integralmente renovadas assegurando “relevantes benefícios aos trabalhadores”. Entre as dezenas de vantagens à categoria, um dos importantes ganhos é o adicional noturno de 30% (lei diz que é 20%) sobre o salário base do trabalhador, mais uma hora extra por dia. Outro diz respeito à insalubridade. A legislação determina percentual sobre o salário mínimo nacional, mas o Stimpc garante que o adicional deve ser pago com base no piso da categoria.
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Foto: Representação de patrão e trabalhador bateu o martelo no processo negocial
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Assessoria de Imprensa Stimpc