Expectativa de volta às aulas movimenta produção de máscaras infantis no Brasil
22 de julho de 2020Empresas estão criando e desenvolvendo produtos especialmente para as crianças
Com a expectativa da volta gradual às aulas em diversas regiões do Brasil, há a preocupação com a proteção dos alunos. Pensando nisso, empresas estão criando e desenvolvendo produtos especialmente para a segurança das crianças neste próximo contexto.
Um exemplo é o da Isoflex, que está lançando máscaras infantis nomeadas como Face Shields. A empresa paranaense, especializada em soluções em gestão visual, tem adaptado suas atividades à alta demanda por proteção do mercado nacional e produzido diversos itens de segurança desde o início da pandemia.
Agora, atenta às tendências da Ásia e Europa, onde o número de contaminações é decrescente, a fabricante resolveu adiantar o desenvolvimento de máscaras destinadas às crianças, seguindo o exemplo do que vem acontecendo em países que estão retornando progressivamente às atividades normais.
“Ainda não estamos no ponto de retorno às aulas no Brasil, mas resolvemos nos adiantar desenvolvendo as máscaras Face Shields infantis, que são confeccionadas em tamanho especial para crianças. Tem película de proteção nos dois lados, a superfície interna do arco é emborrachada para não machucar a cabeça e o material da viseira é maleável, evitando acidentes em caso de quedas”, comenta a diretora de marketing da Isoflex, Carolina Wolfart Hartmann.
A Isoflex tem uma capacidade de produção de 200 mil unidades por mês de máscaras Face Shields infantis. É um produto exclusivo para crianças, mas Carolina Hartmann salienta que não foi pensado apenas para o retorno às aulas. “Vemos muitos pais levando seus filhos ao mercado, por exemplo, e imaginamos que seria uma forma de manter os pequenos mais seguros”.
Com o início da pandemia, a empresa viu-se obrigada a desenvolver novas estratégias e produtos para combater o coronavírus. Adaptou sua linha de produção para a confecção de itens que auxiliassem a sociedade no enfrentamento à doença. Até mesmo uma categoria especial foi incluída em seu portfólio para atender à alta demanda por proteção, chamada de Linha COVID-19.
“Tivemos que nos adaptar de forma rápida. Levamos três dias para desenvolver e divulgar o primeiro produto da linha COVID-19, depois foram mais duas semanas fazendo os ajustes na linha produtiva, treinando a equipe, fazendo adaptações no desenho e capacitando mais pessoas para trabalhar nas máquinas. Agora, com a linha produtiva alinhada, estamos atendendo a demanda de produtos COVID-19 e dos nossos produtos de linha normal”, revela Carolina Hartmann.
A diretora de marketing da Isoflex conta também que os primeiros produtos desenvolvidos para a linha COVID-19 pela empresa foram as máscaras em acetato, indicada para proteção contra partículas e resíduos. São três peças que se encaixam e formam a máscara completa. Para a mesma utilidade foram desenvolvidas as máscaras emborrachadas, com regulagem de tamanho.
“Mais recentemente passamos a produzir dispensers para disponibilizar máscaras nas entradas de estabelecimentos, e barreiras de proteção para serem utilizadas onde existe a proximidade entre atendente e cliente. Criamos ainda identificadores para piso, como o zebrado com o meio transparente e abertura lateral para colocação de uma folha de tamanho A4, e o adesivo, que serve para demarcar o espaçamento ideal de 1,5 metro entre as pessoas em filas”, complementa Carolina Hartmann. Outra novidade da empresa é o quadro planner para gerenciamento de atividades e organização de demandas diárias do trabalho em home office, visto que muita gente está trabalhando em casa.