Pré-candidato Cleiton Fossá diz que eleitor espera um gestor que tenha coragem de fazer mudanças
10 de agosto de 2020Seguindo a série de entrevistas com os pré-candidatos a prefeito de Chapecó, desta vez a conversa foi com o vereador Cleiton Fossá (MDB), que falou sobre os projetos do partido paras as eleições municipais e possíveis alianças. Fossá deixa claro que tem um projeto para Chapecó com pessoas que querem o bem da cidade. Mais do que isto, afirma que o chapecoense está cansado da forma tradicional de fazer política e espera um gestor que apresente resultados em curto prazo, mas, principalmente, tenha coragem de fazer as mudanças necessárias para que Chapecó possa virar a página da sua história.
Alô – O que te motivou a ser candidato a prefeito de Chapecó?
Cleiton Fossá – O que me motivou é não concordar com esta forma tradicional de fazer gestão. Estou indignado com a política e por estar indignado eu tinha dois caminhos: ficar criticando nas redes sociais ou participando. E eu decidi participar. Decidi ser candidato a vereador e dialogar com a sociedade e defender a minha cidade e os direitos das pessoas. Com esta indignação decidi criar um elo muito forte com os bairros da minha cidade e as pessoas. A partir daí senti a necessidade virar a página na política de Chapecó. Se você lembrar, aqui em Chapecó, os partidos, hoje, 24 anos depois, estão oferecendo mais do mesmo. As mesmas pessoas, os mesmos candidatos, as mesmas ideias e as mesmas práticas. Eu não concordo com isso. Acredito que na política o eleitor está esperando mais dos políticos. O eleitor está cansado do “toma lá, dá cá”, este debate binário, direita esquerda, que não ajuda ninguém. O eleitor quer resultados. Espera do gestor um plano de ação e prazo para executar.
Alô – O que precisa mudar para que a sociedade tenha estes resultados?
Fossá – Não dá para admitir que tenhamos 80 mil procedimentos na fila de espera na área da saúde para ser atendido. A falta de mobilidade urbana na região da Efapi e no centro. Nós temos que investir em tecnologia e inovação. Cuidar da nossa matriz econômica do agronegócio e permitir qualificação nas nossas universidades, cursos técnicos pelo Instituto Federal para qualificar a mão de obra. Temos que potencializar o empreendedorismo e reduzir ao máximo a burocracia. É isto que me motiva. Eu sei que é possível fazer e vou fazer. O MDB vai oferecer este plano de mudança e vamos virar a página e construir uma Chapecó com mais empregos, menos burocracia e gerar muitas oportunidades.
Alô – O MDB é a noiva da vez nesta eleição municipal?
Fossá – Os partidos estão com uma imagem desgastada perante o eleitor e o MDB de Chapecó é composto por pessoas do bem. Pessoas que querem uma Chapecó melhor e diferente, e sabem que isto é possível. O MDB investiu num projeto de cidade. Quando me elegi fui o vereador mais votado da história do MDB, por que investimos num projeto e propostas. As pessoas votam, principalmente nas pessoas e em propostas. O MDB hoje tem pessoas e propostas para Chapecó. Vamos oferecer isto de uma forma muito respeitosa e respeitando os adversários.
Alô – Qual será o alinhamento do MDB nesta eleição?
Fossá- O alinhamento do MDB nesta eleição é por moralidade, honestidade, ética, renovação e cidade. A coligação será construída por estes pilares. Partidos que querem estar junto, tendo uma visão de Chapecó cheia de oportunidades, estarão juntos conosco, não tenho dúvidas disto. O nosso alinhamento é com um projeto de cidade, com princípios de inovação, empreendedorismo, numa educação mais inclusiva, numa saúde mais ofensiva em resolver os problemas, entre outros. A coligação deve seguir estes valores.
Alô – O chapecoense está preparado para esta mudança em eleger o novo?
Fossá – Quando me elegi vereador tomei a decisão de fazer política perto do povo, como vereador tive a oportunidade de viver minha cidade em todos os lugares. Hoje eu sei a dificuldade que a sociedade tem na saúde, transporte, educação, etc. Eu sei dos anseios do povo. E por saber desta necessidade que o povo espera de uma gestão pública, eu sei que é possível dar esta resposta, com uma gestão mais transparente e que dê a resposta que a sociedade espera e exige. Vou encarar os tubarões da política de Chapecó, porque ela precisa mudar.
Alô – Quais os desafios a serem enfrentados pelo próximo prefeito de Chapecó?
Fossá – Primeiro, o prefeito não pode ser covarde, ele tem que enfrentar os problemas. Nós estamos cansados de prefeitos covardes. Um exemplo é esta pandemia do coronavírus, que lá no inicio faltou competência. Hoje Chapecó está entrando no sexto mês da pandemia, e, infelizmente, à beira de decretar o lockdown, porque não foram tomadas decisões antecipadas. Chapecó recebeu mais de R$ 27 milhões para serem investidos em testagem em massa, hospitais de campanha com respiradores, compra de medicamentos antecipados, entre outras ações. Hoje Chapecó tem recursos, mas não tem insumos. O MDB entende que precisamos de um plano pós- pandemia para recuperar a economia, o serviço da saúde para recuperar a nossa cidade.
Alô – O que você quer dizer com mensalão do cargo comissionado?
Fossá – Existe, sim, em Chapecó, o “Mensalão do cargo comissionado”. O município possui aproximadamente 250 cargos de confiança, que são importantes e necessários para execução do plano de governo de quem ganha as eleições. Agora, tem que ter qualidade, não quantidade. Estes 250 cargos comissionados custam aos cofres públicos, em média, por ano, mais de R$ 16 milhões, isto totaliza em quatro anos R$ 48 milhões. É muito cacique para pouco índio. Se fizermos uma comparação, seria um elevado da BRF, por ano, sendo construído no município. É muito dinheiro. Este desafio eu vou enfrentar e mostrar que é possível governar com menos. Meu governo será enxuto com uma redução drástica de cargos comissionado. Vou valorizar o servidor de carreira. Hoje, o executivo oferece cargos para vereadores que indicam cargos e alguns vereadores eleitos deixam a função para assumir como secretários e o suplente assume no seu lugar. Vereador foi eleito para cumprir o mandato. Com isso, aumenta a base governista na Câmara. Em síntese, se você vota a favor, tem cargo, se vota contra, não tem cargo. Isto para mim é o “Mensalão do cargo comissionado”, finaliza.
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Com informações Alô Notícias