Do Oeste: Representação, privilégio, esquecimento
9 de fevereiro de 2021A tradicional e justa choradeira regional quanto à representação do Oeste de Santa Catarina em Florianópolis e em Brasília perde sentido neste ano, como já perdeu em períodos anteriores. Chapecó e o Oeste estão bem representados. Apesar de que, na política, ter sido eleito ou estar em determinado cargo automaticamente nem sempre representa competência e desempenho satisfatório.
Dez dos 40 deputados estaduais são da região Oeste: Fabiano da Luz (PT); Luciane Carminatti (PT); Marlene Fengler (PSD); Maurício Eskudlark (PL); Moacir Sopelsa (MDB); Neodi Saretta (PT); Nilso Berlanda (PL); Padre Pedro Baldissera (PT); e Valdir Cobalchini (MDB), além do novo presidente da Assembleia, Mauro De Nadal (MDB).
Também é originário do Oeste Catarinense o titular da Secretaria da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, Altair Silva, que é deputado estadual licenciado. A essa unidade estão vinculadas a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc), a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) e a Centrais de Abastecimento do Estado (Ceasa).
Outra forte Pasta tem agora titular do Oeste, a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Sustentável, entregue ao ex-prefeito de Chapecó Luciano Buligon. Centraliza ações de ciência, tecnologia, inovação, energia limpa, defesa do consumidor, emprego e desenvolvimento econômico e tem vinculadas a Secretaria Executiva do Meio Ambiente, o Instituto do Meio Ambiente (IMA), a Agência de Regulação de Serviços Públicos (Aresc), a Junta Comercial (Jucesc), o Instituto de Metrologia (Imetro-SC) e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapesc). Essas duas secretarias não representam pouca coisa, pelo contrário. É bastante.
Em Brasília, a Câmara dos Deputados três dos 16 representantes do Estado são da região: Caroline De Toni (PSL); Celso Maldaner; e Pedro Uczai (PT). No Senado Federal, dos três senadores catarinenses um saiu do Oeste: Jorginho Mello (PL).
Então, não é pouca a representação oestina, que ainda inclui a vice-governadora Daniela Reinehr. Se essa expressiva representatividade nos cargos públicos significará retorno em obras e atendimento compatível a outras carências regionais são “outros quinhentos”. Até porque não se pode querer privilégio, mas também é mister não esperar esquecimento.
Com informações Hugo Paulo Gandolfi de Oliveira (Jornalista, professor universitário)