Forças de seguranças paralisam atividades como forma de protesto
22 de março de 2021Policiais civis e federais de Chapecó (SC) e de todo o Estado de Santa Catarina participaram durante essa tarde de segunda-feira (22), de uma paralisação que ocorreu das 15h até as 16h. De acordo com a nota, divulgada pela Associação dos Agentes de Polícia Civil de Santa Catarina (Agepol), durante este período, os policiais ficaram concentrados em frente às unidades policiais em que atuam.
Impedidos de fazer greve, por serem considerados categoria diferenciada e essencial, a paralisação é uma forma de protesto contra a aprovação da PEC 186 que prevê, entre outras medidas, congelamento salarial de 15 anos e impedimento de reforço de pessoal.
De acordo com a presidente da Agepol, Associação dos Agentes de Polícia Civil de Santa Catarina, Miriam Lago, os profissionais da segurança pública estão na linha de frente da pandemia de Covid-19 e não podem ficar desamparados, perdendo direitos arduamente conquistados. “Aqui no Estado já estamos há sete anos sem nem mesmo o reajuste da inflação, nossa perda salarial já chega próximo aos 40%. Fora a questão salarial, essa PEC inviabiliza a instituição na medida em que prevê que ao longo de 15 anos não poderemos fazer reposição de pessoal. Já estamos trabalhando no limite, com apenas 50% do efetivo ideal e com muitos profissionais afastados por Covid e outras doenças”.
A presidente ainda destaca que no Estado, os policiais civis tiveram suas atividades ampliadas, pois passaram a ter também competência de polícia sanitária para fins de fiscalização da Covid19. “Estamos na linha de frente, queremos reconhecimento e este vem com a preservação dos nossos diretos enquanto profissionais de categoria diferenciada”.
O protesto dessa segunda-feira foi uma decisão tomada pela União dos Policiais do Brasil (UPB) e ocorreu com outras forças policiais de todo o território nacional. Fazem parte da UPB policias civis, peritos, agentes da Polícia Federal, policiais rodoviários federais entre outras carreiras.