Vídeo: prisão de produtor rural gera comoção no meio oeste
10 de junho de 2021Seu Luiz Petrykowski foi levado a delegacia após ter mais de R$ 3 mil reais em produtos coloniais apreendidos.
O produtor de queijos artesanais, caçadorense Luiz Petrykowski, passou momentos de horror na quarta-feira (9) durante a tradicional Feira do Produtor Rural em Caçador, onde semanalmente dezenas de produtores rurais comercializam seus produtos com grande publico em todos os momentos. Aos gritos dele mesmo dizendo “algema o agricultor”, seu Luiz acabou detido pela Polícia Militar e encaminhado a delegacia, por não aceitar a apreensão de mais de R$ 3 mil reais em queijos que ele comercializa na feira, devido a falta de um selo de Inspeção Municipal. A ação tinha a frente dos trabalhos a Vigilância Sanitária.
Em entrevista a Rádio Caçanjurê na manhã desta quinta-feira (10), já mais calmo, o produtor Luiz Petrykowski disse que realmente se exaltou na hora, pois estava vendo todo o trabalho de sua esposa ser apreendido. “Ela faz esses queijos com tanto carinho e cuidado. Os clientes que vão em nossa casa comprar sabem o quanto cuidamos da higiene dos nossos produtos, e tudo que trazemos para a feira vem embalado individualmente”, explica.
Os queijos de seu Luiz Petrykowski já ganharam prêmio nacional e são conhecidos em muitas partes do Brasil. Mas a ausência de um selo, fez com que este senhor de 63 anos do interior caçadorense acabasse detido.
“Nós não somos indústria, somos produtores artesanais e se os órgãos competentes não possuem uma pessoa com formação adequada para promover esta fiscalização, que o façam, pois não podemos continuar sendo tratados desta forma. As autoridades e órgãos competentes precisam achar uma solução para nos ajudar e não olhar somente pela indústria. Agradeço a todas as manifestações de carinho que tenho visto no facebook, das pessoas que conhecem nossos produtos e sabem de como cuidamos de tudo para que seja bem feito. É preciso que olhem por nós, não quero mais ser preso e passar pelo que passei. Estou com medo de voltar para a feira. É hora de dar valor ao produto artesanal e às famílias do campo que vem para a feira ofertar seus produtos e promover seu sustento”, desabafa o produtor.
Com informações Jornal Extra SC