Governo vai antecipar imunização na fronteira com Argentina para criar barreira imunológica

Governo vai antecipar imunização na fronteira com Argentina para criar barreira imunológica

20 de julho de 2021 Off Por Editor



  • Uma deliberação da Comissão Intergestores Bipartite (CIB)* desta terça-feira, 20, ditou os rumos da imunização em 10 municípios catarinenses que fazem fronteira com a Argentina. A intenção do Governo de Santa Catarina é concluir a aplicação da primeira dose na população de 18 a 39 anos nas próximas semanas nas cidades de Bandeirante, Belmonte, Dionísio Cerqueira, Guaraciaba, Itapiranga, Paraíso, Princesa, Santa Helena, São José do Cedro e Tunápolis. Ao todo, cerca de 25 mil doses precisam ser administradas para atingir todos os adultos aptos destes municípios.

    “Vamos antecipar a vacinação de toda a população adulta nos locais que fazem fronteira com a Argentina. A medida faz parte dos esforços para diminuir o risco de introdução de novas variantes em Santa Catarina”, disse o governador Carlos Moisés.

    A Argentina detectou até o momento 93 amostras das variantes Lambda e Delta. Diante deste cenário, Santa Catarina irá agilizar a imunização nas 10 cidades fronteiriças para criar uma espécie de barreira imunológica. A ação visa coibir a entrada de cepas oriundas do país vizinho.

    “A nossa intenção é prevenir as variantes de preocupação e de interesse. Os estudos demonstram que essas mutações possuem maior capacidade de transmissibilidade, o que representa possível sobrecarga na saúde pública e nos serviços. Com o intuito de proteger a saúde dos catarinenses, evitando novos casos mais graves, a Secretaria solicitou ao Ministério da Saúde um quantitativo suficiente para imunizar toda a população restante destes 10 municípios. Serão 24.463 doses da vacina contra a COVID-19”, resumiu o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro.

    *As Comissões Intergestores Bipartite (CIB) são espaços intergovernamentais, políticos e técnicos em que ocorrem o planejamento, a negociação e a implementação das políticas de saúde pública, incluindo a temática da vacinação. As decisões se dão por consenso (e não por votação), o que estimula o debate e a negociação entre as partes.