Consenso formalizado: Fechada nova Convenção Coletiva de Trabalho da indústria madeireira e moveleira

Consenso formalizado: Fechada nova Convenção Coletiva de Trabalho da indústria madeireira e moveleira

26 de maio de 2016 Off Por José Carlos de Linhares



  • Os trabalhadores e trabalhadoras dos setores receberão reajuste salarial de 10%, índice a ser aplicado na folha deste mês

    Chapecó (26.5.2016) – Em época de crise resgatar aos salários a inflação acumulada já é uma conquista. Foi isso o que aconteceu na negociação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Chapecó Siticom com o Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Vale do Uruguai Simovale. A representação profissional foi um pouco além da inflação, ao conseguir atendimento do pedido de 10% de aumento nos salários normativos e profissionais. Apesar de pouco, ouve ganho real de 0,17% o que não deixa de ser avanço.

    A presidente do Siticom Izelda Oro buscava reajuste maior, mas a crise econômica nacional impediu mais evolução. Diante das circunstâncias “conseguimos o máximo possível”, disse. A negociação se arrastou por algum tempo. O impasse foi gerado a partir da oferta do Simovale que bateu pé: não concederia percentual maior que os 9,83% da inflação acumulada nos últimos 12 meses. A contra proposta foi colocada à mesa pelos interlocutores patronais, diretor executivo Leonel Felipe Beckert e o assessor jurídico Alceu Luis Scapin.

    O Siticom também endureceu e se manteve irredutível no pedido de 10%. Havia forte possibilidade de paralização das atividades, desencadeamento de operação tartaruga reduzindo drasticamente a produção e greve geral. Antes de o diálogo ser abandonado forçando as atitudes mais radicais, houve contato telefônico da presidente Izelda com o presidente do Simovale Osni Verona.

    Coerência – A conversa foi produtiva com o empresário bancando o reajuste de 10%, pondo fim ao desentendimento. Izelda destacou a “exemplar atitude”, a “coerência” e a posição “humana e altruísta” do presidente do sindicato patronal. Ele soube entender que o trabalhador “precisa de reconhecimento e ser valorizado”. Pondera, entretanto, que o percentual concedido significa “apenas a reposição das perdas mais recentes”. Para a dirigente sindical o salário satisfatório à categoria “ainda está longe de ser o ideal”.

    Os setores da madeira e móveis não sofrem demasiadamente com recessão. A produção segue rito de normalidade e isso se deve muito aos profissionais que, por isso, “merecem adequados salários”. Com a majoração salarial os pisos das categorias, divididos em seis faixas, variam de R$ 2.200,00 a R$ 1.089,00. A CCT com validade até 30 de abril de 2017 e abrangência sobre 19 Municípios, contou com integral acompanhamento do assessor jurídico do Siticom André Fossá.
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    Foto: As negociações chegaram a bom termo com 10% de aumento salário aos trabalhadores
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    Assessoria de Imprensa Siticom