Polícia Federal prende controladora que aprovou plano de voo de desastre da Chapecoense
24 de setembro de 2021A controladora de voo Celia Castedo Monasterio foi presa pela Polícia Federal em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, cidade que faz fronteira com a Bolívia. Monasterio foi a responsável pela análise e aprovação do plano de voo da LaMia que caiu na Colômbia e deixou 71 mortos, entre eles membros da comitiva da Chapecoense que iam disputar a final da Copa Sul-Americana de 2016 contra o Atlético Nacional (COL). Apenas seis pessoas sobreviveram à tragédia.
De acordo com o portal GE, o Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, assinou o pedido de prisão e extradição da controladora. Na sentença, o juiz diz que Monasterio é “procurada pela Justiça boliviana para responder pela suposta prática do crime de atentado contra a segurança do espaço aéreo”.
Celia Castedo Monasterio vive no Brasil desde 2016 como refugiada. Ela morava em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e teve seu pedido de refúgio renovado dizendo que era perseguida pelo governo boliviano. Na Bolívia, ela é acusada de ter aprovado o plano de voo da LaMia de maneira fraudulenta, ignorando procedimentos mínimos.
A PF explicou que a controladora continuará em Corumbá até o fim de “trâmites legais” para que ela seja entregue às autoridades da Bolívia. Sua defesa afirma que “está tomando ciência sobre o pedido de extradição para saber qual medida tomar para garantir a permanência dela no Brasil”.
VOO LAMIA 2933
Em 28 de novembro de 2016, o voo 2933 da companhia LaMia saindo do Aeroporto Internacional Viru Viru, na Bolívia, com destino ao Aeroporto José María Córdova, na Colômbia, caiu e deixou 71 mortos. O avião transportava a delegação da Chapecoense que iria enfrentar o Atlético Nacional (COL) pela final da Copa Sul-Americana, além de jornalistas e convidados.
Apenas 6 pessoas sobreviveram à queda que aconteceu na Colômbia. Entre elas, os atletas Alan Ruschel, Jakson Follman e Neto, o jornalista Rafael Henzel, a comissária de bordo Ximena Suárez e o técnico de voo Erwin Tumiri.
A controladora de voo Celia Castedo Monasterio aprovou o plano descrito pelo piloto da aeronave, onde mostrava que o avião não tinha combustível para uma situação de emergência.