Médico de SC é investigado por possível caso de homofobia contra criança em posto de saúde

Médico de SC é investigado por possível caso de homofobia contra criança em posto de saúde

7 de dezembro de 2021 Off Por Editor



  • Um possível caso de homofobia contra criança em posto de saúde de Blumenau está sendo investigado pela 6ª Promotoria de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC). O caso teria ocorrido na unidade de Estratégia de Saúde da Família (ESF) Martin Volles II.

    O investigado é o médico Alvacyr Gonçalves Robaina. De acordo com as movimentações do processo, Alvacyr atendeu o menino junto com a mãe no posto de saúde. Ao vê-lo, Alvacyr teria afirmado que “ele parece uma menina”. Além disso, teria dito que o menino “deveria cortar o pinto, pois uma menina não precisa de pinto”.

    Ele foi além dizendo que a mãe precisava “colocar logo um brinco nele, porque ele é uma menina”. O médico teria dito ainda que a mãe “está criando um homossexual”. “Depois não reclama no futuro, manda cortar esse cabelo dele”, concluiu a mãe em seu depoimento.

    O MP-SC, diante dos fatos, instaurou um inquérito civil nesta semana para dar continuidade às investigações.

    Situação seria frequente

    Ainda de acordo com o depoimento da mãe da criança, sua primeira atitude foi reclamar na ouvidoria da Prefeitura de Blumenau. O responsável pela ouvidoria teria dito para ela que esse não foi o primeiro caso de homofobia de Alvacyr, e que ela deveria continuar em frente com a denúncia.

    Além disso, após fazer a primeira denúncia, o mesmo fato teria ocorrido com uma vizinha da vítima.

    “Ela me relatou o caso dizendo que por diversas vezes durante a consulta ele mandava ela cortar o cabelo do filho, pois ele era uma menina. Ela pediu para ele parar, mas mesmo assim continuava, e ao pedir para atender ao filho o mesmo pediu que ele deitasse na maca e baixasse o short para ele ver o pinto, isso se ele tivesse um já que era uma menina”.

    Médico nega

    A reportagem entrou em contato por telefone com o médico Alvacyr Gonçalves Robaina diretamente na ESF Martin Volles II. Ao saber do que se tratava ele afirmou que “isso é um absurdo” e que ele “atende a todos normalmente, as mais diversas pessoas”.

    Em seguida, a ligação caiu, no momento em que foi questionado se ele sabia sobre o processo. Ao tentar retornar, a reportagem não obteve mais contato com o médico.

    De acordo com informações da 6ª Promotoria, ao ser ouvido pelo MP-SC, o servidor público disse não se recordar desse atendimento e negou as acusações.

    Com informações O Município Blumenau