OMS prevê possível fim da fase aguda da pandemia de Covid-19

OMS prevê possível fim da fase aguda da pandemia de Covid-19

24 de janeiro de 2022 Off Por Editor



  • Diretor da organização, no entanto, ressalta que ômicron não deve ser última variante do coronavírus.

    É possível acabar com a fase aguda da pandemia de coronavírus este ano, afirmou nesta segunda-feira o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), embora atualmente a Covid-19 provoque uma morte a cada 12 segundos no mundo. “Podemos acabar com a fase aguda da pandemia este ano, podemos acabar com a Covid-19 como emergência sanitária mundial”, o nível de alerta mais alto da OMS, declarou seu diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus.

    No entanto, o responsável alertou que é “perigoso supor que a ômicron (variante muito transmissível) será a última”, porque as condições são “ideais” no mundo para que outras variantes surjam, inclusive outras mais transmissíveis e virulentas. Para acabar com a fase aguda da pandemia, os países não devem ficar de braços cruzados e são obrigados a lutar contra a desigualdade na vacinação, vigiar o vírus e suas variantes e aplicar restrições adaptadas, explicou o especialista, na abertura do comitê executivo da OMS, que se reúne toda semana em Genebra. Na África 85% da população recebeu só uma dose da vacina, destacou.

    Tedros Adhanom Ghebreyesus pede há semanas insistentemente aos Estados-membros que acelerem a distribuição de vacinas nos países pobres, com o objetivo de conseguir vacinar 70% da população de todos os países do mundo em meados de 2022.

    Metade dos 194 Estados-membros da OMS não alcançaram o objetivo de chegar a 40% da população vacinada no final de 2021, segundo a instituição. Enquanto isso, o coronavírus continua fazendo vítimas. Na semana passada, uma pessoa morreu a cada 12 segundos no mundo devido à doença e a cada três segundos foram registrados 100 novos casos, segundo o diretor da OMS.

    O surgimento da variante ômicron em novembro disparou os casos. Desde então, foram contabilizados 80 milhões de novos contágios. Mas “até agora, a explosão de casos não foi acompanhada por um aumento das mortes, embora as mortes tenham aumentado em todas as regiões, sobretudo na África, a região com menos acesso às vacinas”, segundo o responsável.

    “É verdade que viveremos com a Covid (…), mas aprender a viver com ela não deve significar que temos que deixar o caminho livre. Não deve significar que temos que aceitar que 50 mil pessoas morram toda semana devido a uma doença que podemos prevenir e nos recuperar”, disse.

    No domingo, o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, considerou que poderia haver uma saída da pandemia de Covid-19 na região.

    Em um comunicado publicado nesta segunda-feira, Kluge destacou que “a ômicron está ultrapassando a delta a uma velocidade sem precedentes na Europa. Menos de dois meses depois de ser encontrada na África do Sul, essa variante já representa 31,8% dos casos na região europeia, contra 15% na semana passada”, acrescentou.

    Na França, que representa a maior taxa de incidência do continente, o passaporte de vacinação entrou em vigor nesta segunda-feira e é visto como um endurecimento das normas para as pessoas que não se vacinaram contra a Covid, o que gerou forte polêmica no país.

    Na China, o confinamento generalizado da cidade de Xi’an (norte) foi levantado nesta segunda-feira, informaram as autoridades, que disseram também que detectaram 72 casos de Covid-19 entre os participantes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim (de 4 a 20 de fevereiro).

    Com informações Correio do Povo