Cresce área de seca extrema no oeste de SC

Cresce área de seca extrema no oeste de SC

25 de janeiro de 2022 Off Por Editor



  • Monitor de Secas do Brasil, divulgado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, em 19 de janeiro, mostra que o estado registrou avanço da estiagem principalmente no Oeste.

    A área de seca extrema em Santa Catarina cresceu durante dezembro de 2021 em relação aos meses anteriores. Segundo o Monitor de Secas do Brasil, divulgado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o estado registrou o avanço da estiagem principalmente nas cidades que ficam no Oeste.

    Segundo a estimativa do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), a estiagem pode provocar perdas nas safras de milho e soja podem chegar a 43% e 30%, respectivamente.

    Os dados do monitor, divulgados em 19 de janeiro, indicaram que a região central do estado está em situação de seca grave. Já o Leste do estado tem situação considerada leve (veja o mapa abaixo).

    Em outubro de 2020, o monitor registrou um breve período de recuo nas áreas de seca. A situação se modificou a partir de novembro.

    Ainda de acordo com os dados do monitor, o cenário está associado à La Ninã. O fenômeno provoca a diminuição da temperatura das águas do Oceano Pacífico e impacta no regime de chuvas.

    Outro aspecto é que o bloqueio atmosférico impede o avanço das frentes frias. Em janeiro deste ano, por exemplo, Santa Catarina registra uma onda de calor, com temperaturas próximas de 40ºC.

    Perdas nas safras de milho e soja

    Na sexta-feira (21), a Epagri/Cepa informou que as chuvas irregulares e mal distribuídas em dezembro e janeiro podem acarretar perdas de em média 43% na safra catarinense do milho. Em relação à soja, o número chega a 30%.

    A estiagem iniciou após o dia 20 de novembro, quando mais de 50% das lavouras de milho estavam em fase de floração, período sensível à falta de umidade no solo. A continuidade da estiagem e das altas temperaturas podem aumentar ainda os prejuízos.

    “Essa retração na produção de milho, ela está impactando diretamente no mercado. Em novembro de 2021, nós estávamos com preço cerca de R$ 82 e R$ 85 a saca de milho ao produtor, em relação agora no mês de janeiro ultrapassa cerca de R$ 95 a saca. Então é uma elevação significativa, reflexo da expectativa de pouca oferta do produto”, disse o engenheiro agrônomo do órgão Haroldo Tavares.

    Com informações G1 SC