PF diz que Bolsonaro não cometeu crime de prevaricação no caso Covaxin

PF diz que Bolsonaro não cometeu crime de prevaricação no caso Covaxin

31 de janeiro de 2022 Off Por Editor



  • Relatório da investigação aponta que comunicação de crimes a órgãos de controle não é dever do presidente.

    A Polícia Federal (PF) concluiu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não cometeu crime de prevaricação no caso da negociação da vacina Covaxin. O relatório final foi enviado à ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação apurava suposta prevaricação do mandatário após um depoimento do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e seu irmão, Luís Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde. Os dois apontavam que Bolsonaro sabia de um suposto esquema de superfaturamento na compra das doses da Covaxin.

    A PF concluiu, no entanto, que a comunicação de crimes a órgãos de controle não é dever do presidente.”No contexto dos fatos aqui considerados, ainda que não tenha agido, ao Presidente da República Jair Messias Bolsonaro não pode ser imputado o crime de prevaricação. Juridicamente, não é dever funcional (leia-se: legal), decorrente de regra de competência do cargo, a prática de ato de ofício de comunicação de irregularidades pelo Presidente da República”, diz o relatório assinado pelo delegado William Tito Schuman Marinho.

    A corporação também disse não ser necessário ouvir Bolsonaro. Segundo a PF, caso o presidente tenha sido omisso, a conduta se aproximaria “mais de uma ausência do cumprimento de um dever cívico, mas não de um desvio de um dever funcional.” O relatório concluiu, no entanto, que “não há dúvidas” de que Luis Miranda e seu irmão levaram a suspeita de irregularidades na compra da vacina ao presidente. A PF destacou, porém, que as supostas irregularidades não foram alvo do inquérito. “O objeto desta investigação policial é o ato (ou ausência dele), com aspecto jurídico penal, atribuído ao Presidente da República Jair Messias Bolsonaro.”

    Com informações Jovem Pan