Gato-do-mato é confundido com animal doméstico em SC e homem o segura no colo sem saber de riscos: ‘Teve sorte’

Gato-do-mato é confundido com animal doméstico em SC e homem o segura no colo sem saber de riscos: ‘Teve sorte’

25 de fevereiro de 2022 Off Por Editor



  • Biólogo de Jaraguá do Sul fez alerta nas redes sociais sobre os perigos que um felino selvagem oferece caso se sinta ameaçado.

    Um morador de Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina, pegou um gato-do-mato-pequeno no colo após confundi-lo com o animal doméstico da raça bengal de uma vizinha. O felino tinha acabado de ser atropelado e foi levado pelo motorista até a casa da conhecida.

    Até então, porém, o homem não desconfiava que se tratava de um animal selvagem.

    “Realmente os dois são parecidos, mas, mesmo se fosse um animal doméstico, pegá-lo sem nenhuma proteção poderia ser muito perigoso. No caso de um felino selvagem, minha nossa. Esse cara teve sorte”, escreveu o biólogo da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) Gilberto Duwe.

    O animal foi resgatado na área urbana da cidade na segunda-feira (21), após ser atingido por um veículo. O motorista prestou os primeiros atendimentos e o animal foi encaminhado à Fujama, onde se recupera.

    Segundo o biólogo, apesar de estar melhor e mais ativo, em comparação com o dia em que chegou na clínica, o gato está com dificuldades visuais.

    “A gente percebeu que está praticamente cego. A gente não sabe ainda se a cegueira é decorrente do acidente ou se já estava cego e, por isso, acabou atropelado. Estamos acompanhando para ver se vai evoluir”, explicou Gilberto.

    Riscos

    Dicas sobre resgate de animais silvestres — Foto: Redes Sociais/Divulgação

    Segundo Gilberto, animais assustados ou feridos tendem a ser agressivos devido ao estresse sofrido, ou mesmo para se protegerem. Por esse motivo, ele não recomenda realizar um resgate sem os equipamentos adequados de proteção, especialmente de animais selvagens.

    “Além disso, mamíferos podem transmitir a raiva por meio de mordidas ou arranhões”, alertou.

    A recomendação do biólogo é para que se faça contato com algum órgão apto a realizar esses atendimentos.

    Com informações G1 SC