Mulher de personal que agrediu ex-morador de rua fala pela primeira vez
27 de abril de 2022Após um período internada, Sandra Fernandes utilizou as redes sociais em desabafo: “Me sinto dilacerada”.
A mulher flagrada tendo relações sexuais com um morador de rua, em Planaltina, no Distrito Federal, no mês passado, falou pela primeira vez sobre o caso nesta quarta-feira (27), em uma publicação nas redes sociais. Sandra Mara Fernandes relatou sobre os momentos difíceis que passou depois que o ocorrido tornou-se de conhecimento público.
“Passei por dias muito difíceis, nunca me imaginei naquela situação. Eu me sinto profundamente dilacerada pelo ocorrido. Hoje eu tenho ciência de tudo o que foi dito enquanto eu estava internada e sendo cuidada por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e outros profissionais.”, afirma Sandra Mara Fernandes.
A mulher também relata ter sido vítima de chacotas e humilhações em rede nacional: “Fui taxada como uma mulher qualquer, uma mulher promiscua, uma mulher com fetiches, uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior.”
Á época do acontecimento, o esposo de Sandra Fernandes, Eduardo Alves, de 31 anos, falou em entrevista exclusiva ao SBT Brasília sobre o surto que teve ao ver a cena. Ele agrediu o morador de rua, de 48 anos, quando o viu no carro com a esposa.
“Eu vi um homem dentro do carro com a minha esposa. Naquele momento, a única reação que eu tinha era tirar aquele rapaz lá de dentro. Já entrei ali completamente em um surto. E a única intenção era tirá-lo de lá”, declarou Eduardo.
Na publicação, Sandra agradeceu o marido por tê-la defendido e afirma que tinha “legitimo direito de ser defendida” na situação em que se encontrava em 10 de março, data do ocorrido.
“Na condição onde estive eu sei que tinha legitimo DIREITO de ser DEFENDIDA. Agradeço ao meu esposo por tudo que ele fez por mim. Ele me defendeu durante e depois do ocorrido, pois sabe que em condições normais eu jamais teria permitido passar por aquilo . Agradeço também ao meu pai, minha madrasta , meus irmãos e amigos , que me acolheram e ajudaram o Eduardo e a Anna Laura . Sou profundamente grata aos profissionais que me ajudaram a compreender o que estava acontecendo quando eu já NÃO TINHA domínio da minha própria vida.’
Sandra Mara também afirmou que vai procurar na Justiça os seus direitos, “pois nunca faltei com respeito com ninguém e não merecia ter sido tratada como uma qualquer, e, principalmente, ter sido usada como objeto de prazer durante delírios e alucinações que confundiram minha mente e me colocaram num contexto nojento e sórdido.”
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