Vídeo: Polícia Federal sequestra bens de organização criminosa dedicada ao contrabando de cigarros em Chapecó
31 de maio de 2022Dezenove veículos estimados em 1,6 milhões de reais são objeto de sequestro judicial
A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta terça-feira (31/05), 19 mandados de sequestro de automóveis e caminhões nas cidades catarinenses de Chapecó e de Cordilheira Alta, na segunda fase da Operação Carcinoma. A investigação apura o contrabando de cigarros do Paraguai para os três estados da Região Sul.
A segunda fase da Operação Carcinoma tem a finalidade de descapitalizar a organização criminosa através do sequestro de bens que assegurem o ressarcimento aos prejuízos causados e impedir que o grupo volte a atuar.
A investigação aponta que os líderes da organização mantinham uma revendedora de caminhões de fachada e cooptavam motoristas para realizarem o transporte dos cigarros contrabandeados com a promessa de repassar o caminhão após um determinado número de viagens, como uma espécie de premiação. Contudo, esse modus operandi tinha o objetivo de desvincular, da responsabilidade dos líderes, a carga eventualmente apreendida e a prisão em flagrante do motorista.
Ao longo das investigações, foram apreendidos doze milhões de maços de cigarros estrangeiros, quarenta e um caminhões e presas em flagrante quarenta e quatro pessoas. O valor estimado dos cigarros apreendidos é de aproximadamente sessenta milhões de reais, com aproximadamente trinta milhões de reais em tributos sonegados.
Na primeira fase da operação, deflagrada em 18 de novembro de 2021, foram cumpridos dez mandados de prisão preventiva e dezenove de busca e apreensão, nas cidades gaúchas de Tenente Portela e Três Passos, em Santa Catarina, nos municípios de Chapecó, São Miguel do Oeste e Cordilheira Alta, e no Paraná, em Guaíra, Cascavel, Umuarama e Floresta.
A Operação foi denominada Carcinoma, um tipo de câncer, não só pela associação aos prejuízos causados pelo cigarro à saúde humana, mas também pelo fato de que a organização cooptava pessoas sem antecedentes criminais, prometendo-lhes vantagens condicionadas ao êxito da atividade ilícita, provocando uma espécie metástase criminal (infectando células limpas).
O delegado da Polícia Federal João Paulo Lyra , responsável pela condução da operação, tem mais informações:
Mais imagens da operação: