Covid já responde por quase 60% dos casos de síndrome respiratória
2 de junho de 202220 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de casos de SRAG a longo prazo
As infecções por covid-19 já respondem por 59,6% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil. Segundo boletim epidemiológico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na quarta-feira (1º, essa é a terceira semana consecutiva que as ocorrências do Sars-CoV-2 predominam entre os resultados laboratoriais positivos da síndrome, sendo que 91,1% dos casos que evoluíram para óbito eram procedentes da doença.
O boletim também aponta a manutenção do predomínio do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças de zero a quatro anos diagnosticadas com SRAG. Em seguida, encontram-se evidências de casos de covid-19, rinovírus e metapneumovírus. Nas demais faixas etárias, o Sars-CoV-2 mantém o predomínio das ocorrências da síndrome com identificação laboratorial.
“Os dados laboratoriais e por faixa etária mantém o alerta de que o cenário de crescimento atual é decorrente de aumento nos casos de covid-19. No Rio Grande do Sul, em particular, tem se observado aumento também nos casos positivos para Influenza em diversas faixas etárias”, destaca o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 4,0% influenza A; 0,4%, influenza B; 25,1%, VSR; e 59,6%, Sars-CoV-2. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,6% para influenza A; 0%, influenza B; 4,1%, VSR; e 91,1%, Sars-CoV-2 (covid-19).
Já em relação às regiões, 20 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de casos de SRAG a longo prazo (últimas seis semanas): Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Florianópolis está em risco alto para incidência de casos de Covid
Segundo a matriz de alerta epidemiológico para Covid-19, atualizada em 30 de maio, Florianópolis está em risco alto para incidência de casos da doença, quando atinge mais de 20 pessoas por 100 mil habitantes.
São 45 municípios nessa condição, segundo a classificação divulgada pelo Governo de Santa Catarina. Além da capital, cidades como Governador Celso Ramos, Santo Amaro da Imperatriz, São Joaquim e Videira também estão em alerta máximo.
A matriz, que determina os níveis de alerta, leva em conta a incidência de casos de Covid-19, de casos hospitalizados de Síndrome Respiratória Aguda Grave, além da cobertura vacinal para primeira, segunda e dose de reforço.
Orientações e cuidados
Para municípios em risco alto, alerta vermelho, o governo do Estado recomenda que as pessoas busquem regularizar a vacinação contra a Covid-19; procurem um serviço de saúde e façam isolamento em caso de sintomas; e, utilizem máscara e locais fechados evitando aglomerações.