‘Gangue’ de macacos saqueadores já atacou mais de 50 pessoas no Japão
29 de julho de 2022
As autoridades locais capturaram e abateram um macaco que era suspeito de ter cometido a maioria dos ataques.
A cidade de Yamaguchi, no Sul do Japão está sofrendo com os ataques de macacos saqueadores. Conforme A apuração dos repórteres Arata Yamamoto e Dylan Butts do portal estadunidense NBC News, cerca de 58 ocorrências já foram registradas, desde 9 de julho deste ano, quando o governo local começou a rastrear os macacos.
Segundo as autoridades, mais de 50 pessoas ficaram feridas pelos ataques dos macacos nas últimas três semanas. A mídia estrangeira classificou o bando como uma ‘gangue símia de macacos japoneses’.
Um primata que era suspeito de ter cometido diversos ataques foi morto pelas autoridades. Conforme a NBC News, os incidentes incluíram vários arrombamentos através de portas e janelas destrancadas. Um idoso de 70 anos chegou a ser atacado enquanto dormia, ele sofreu mordidas e arranhões. Só nesta semana, pelo menos nove ataques foram registrados.
O distrito de Ogori, no sudoeste da cidade de Yamaguchi, lolal é cercado por florestas e colinas, é um dos mais afetados. O bando de macacos saqueadores é uma preocupação para as autoridades locais, informou a NBC. A espécie é nativa da região. “Em termos de macacos atacando pessoas, nunca tivemos incidentes como esse”, disse ao portal Kosaku Matsunaga, funcionário da Sala de Controle de Pragas da Divisão de Política Agrícola da cidade de Yamaguchi. Os primatas eram sempre vistos no município, mas os ataques surpreenderam os moradores.
Uma emissora de notícias local, a TV Yamaguchim, informou que mais da metade das vítimas eram mulheres na faixa dos 40 anos ou mais, com pelo menos seis vítimas com menos de 10 anos.
As patrulhas para capturar os macacos continuarão, de acordo com autoridades. Os moradores foram avisados para trancar portas e janelas.
“É uma coisa assustadora… nunca ouvi falar de nada parecido”, disse à NBC Michael Huffman, primatologista e professor da Universidade de Kyoto. O pesquisador diz que idosos e crianças são mais vulneráveis, pois são menos propensas a intimidar os macacos, que podem pesar até 11 quilos. O comportamento é mais comum após os macacos completarem quatro anos de idade, mas o ataques eram considerados raros.
Conforme a reportagem, a administração do município espera que com a captura e abate do macaco suspeito de ter cometido a maioria dos ataques, a população esteja segura.
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