Cerca de 35% das gestações são de alto risco em Chapecó
19 de agosto de 2022Doenças como diabetes, hipertensão, toxoplasmose, sífilis e HIV, podem ser agravantes em gestações de alto risco
Em Chapecó, no Oeste do Estado, cerca de 35% das gestações são de alto risco. O número de mulheres diagnosticadas com alguma doença no período da gravidez é alarmante e está acima do preconizado.
Lucélia Imich, está esperando o terceiro filho e contraiu COVID-19 com 20 semanas de gestação. “Depois da COVID-19, descobri hipotireodismo, e carga viral da hepatite C, durante alguns exames”. Após a descoberta, a gravidez se tornou de alto risco e a maior preocupação era que o filho nascesse com alguma deficiência. “A gente vai no google pesquisar, e vê que tem várias causas contra. Eu fiquei bem assustada, mas a doutora me tranquilizou, disse que fazendo o tratamento vai ficar tudo bem”, ela disse.
A Clínica da Mulher, em Chapecó, recebe centenas de gestantes de alto risco. O local foi criado justamente para atendê-las, e o número ultrapassou 35% dos casos, o que é considerado preocupante. “A alta reflete também na quantidade de profissionais que atendem as pacientes, nos exames e consultas que devem ser ofertados. Queremos dar um atendimento bom a essas gestantes para que ela e o bebê possam ter um final feliz”. Explica Fernanda Becker, médica ginecologista.
Os primeiros atendimentos são feitos nos postos de saúde, e depois, caso seja constatado que a gestação é de alto risco, a mulher é encaminhada para realizar exames mais específicos, como: ultrassom obstétrico simples, exames de ultrassom morfológico para ver a formação do bebê, e avaliação ecocardiográfica, que são disponibilizados pela Secretaria de Saúde do Município.
Doenças como diabetes, hipertensão, toxoplasmose, sífilis e HIV podem ser agravantes em gestações de alto risco. Mulheres com idade abaixo de 15 anos e acima dos 40, também preocupam e precisam fazer o acompanhamento necessário para que o bebê não venha a ter complicações.
Com informações SCC10