Paciente psiquiátrica pode ter engravidado após estupro dentro de hospital em SC

Paciente psiquiátrica pode ter engravidado após estupro dentro de hospital em SC

27 de outubro de 2022 Off Por Editor



  • Polícia Civil vai instaurar inquérito para apurar o caso.

    A denúncia de que uma paciente psiquiátrica foi estuprada dentro de um hospital em Blumenau, no Vale do Itajaí, será investigada pela Polícia Civil. O pedido da 14ª Promotoria de Justiça de Blumenau foi recebido pela polícia ontem quarta-feira (26). A Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso de Blumenau, deve instaurar o inquérito policial para elucidar o caso.

    O advogado da família da vítima, Jairo Vieira dos Santos, explica que os abusos foram descobertos após a alta da mulher da unidade. Durante um exame de rotina, a psiquiatra desconfiou do inchaço na barriga da mulher, que é diagnosticada com um transtorno psiquiátrico, que não se comunica e não sai sozinha de casa.

    Santos explica que exames foram feitos e constataram a gravidez da vítima. “A gestação bate com o período da internação dela”, destaca o advogado. Segundo testemunhas ouvidas pela família, a mulher foi abusada mais de uma vez e por mais de uma pessoa. Os crimes teriam acontecido em momentos diferentes. Ao dar entrada no hospital, a paciente ficou em uma ala comum, até ser transferida para a ala psiquiátrica dias depois.

    “As testemunhas colocam que não foi uma pessoa só”, detalha o defensor.

    A família relata que membros da equipe do hospital tentaram esconder a situação, e que por conta disso, a direção do hospital não foi procurada, afirma o advogado.

    “Num primeiro momento eu fiquei surpreso, mas estou acostumado com esses casos. Levei dez dias para reunir a documentação, não dá para fazer a denúncia de forma infundada, tem o feto, tem o laudo psiquiátrico, foram diversos arquivos encaminhados para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e ao Ministério Público estadual”, ressalta.

    Jairo explica que a família vive em situação de vulnerabilidade. Segundo ele, por se tratar de um processo em sigilo, e para evitar que o hospital busque pressionar a família, detalhes serão preservados.

    O advogado diz que após a veiculação do caso, outras famílias o procuraram para relatar situações parecidas: “Mais três mulheres me procuraram”. “Não sendo nenhuma das pessoas apontadas como abusadores, tem que continuar a investigação”, explica ao falar que um exame de DNA do feto e dos suspeitos poderá ser utilizado.

    O caso está em segredo de justiça. Para resguardar a segurança da vítima, o tempo de gestação e de internação, assim como a idade e o hospital em que ela teria sofrido os abusos não serão divulgados.

    Com informações SCC10