Quadrilha desmascarada em SC lucrou milhões com tráfico de drogas por loja virtual
23 de novembro de 2022Polícia afirma que criminosos movimentaram R$ 15 milhões em menos de dois anos
Uma quadrilha desmascarada em Balneário Camboriú, Camboriú e Joinville usava lojas virtuais para a venda de drogas, segundo investigação da Polícia Civil e do Ministério Público (MP) de Santa Catarina. Os mandados foram cumpridos nesta quarta-feira (23). Em menos de dois anos, o tráfico pelo meio digital rendeu R$ 15 milhões aos suspeitos, afirmam os investigadores.
O grupo criminoso teria se especializado no comércio de cartuchos de THC, uma droga nova no mercado ilegal, que chega a ser dez vezes mais potente que a maconha, já que consiste no óleo da planta, conta o delegado Vicente Soares. Por um suposto site de aviamentos, a venda ocorria explicitamente, incluindo pelas redes sociais. Para fazer a droga chegar ao usuário, os traficantes faziam o envio pelos correios.
Soares conta que as investigações começaram há dez meses. Para criar as páginas, os suspeitos usavam laranjas. Para lavar o dinheiro do comércio ilegal, também. Empresas fictícias complementavam a movimentação dos valores. Com a ajuda do recém-criado grupo de investigação de crimes cibernéticos, a CyberGaeco, a delegacia de Balneário Camboriú e o MP mapearam as ações dos criminosos.
Conforme a apuração, a quadrilha se dividiu em grupos nas cidades catarinenses e Curitiba, no Paraná, de onde era enviada a maioria dos entorpecentes. Parte dos suspeitos já foi presa por tráfico de drogas em outro momento, tendo “migrando” para a atuação digital, como ressaltou o oficial do CyberGaeco, Rodrigo Schmidt.
Nesta quarta, estão sendo cumpridos 40 mandados nos quatro municípios: 13 de prisão temporária, 16 de busca e apreensão, dez de sequestro de veículos e um de sequestro de imóvel. Um balanço da operação não havia sido divulgado até a publicação deste texto. Agora, a investigação deve analisar os materiais apreendidos para concluir o inquérito.
Ao menos 16 integrantes do grupo criminoso foram identificados. Eles devem responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas por meio de sites e redes sociais.
Com informações NSC Total