Após denúncia do MPSC, dupla que matou homem com tiros na cabeça é condenada pelo Tribunal do Júri de Chapecó

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Penas variam de oito e 17 anos de reclusão. O crime ocorreu no bairro Eldorado em setembro de 2020.

Após quase 14 horas de sessão, o Tribunal do Júri da Comarca de Chapecó acolheu a tese apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e condenou dois réus que mataram um homem com tiros na cabeça. O crime foi praticado no bairro Eldorado em setembro de 2020.

Um dos réus foi sentenciado a 17 anos de reclusão, em regime inicial fechado, a 15 dias de detenção e ao pagamento de 15 dias-multa por homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima, por desobediência, por disparo de arma de fogo em via pública e por porte ilegal de arma de fogo. Já o outro, que terá de cumprir oito anos de reclusão, em regime inicial semiaberto, foi condenado por homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima.

O Promotor de Justiça Joaquim Torquato Luiz representou o Ministério Público na sessão que ocorreu na última quinta-feira (2/2).

Entenda o caso

De acordo com a denúncia, por volta das 23h30 do dia 27 de setembro de 2020, os réus foram até casa da vítima. Eles entraram repentinamente na residência e um deles atirou diversas vezes contra o homem, que foi atingido com ao menos três disparos na cabeça e na região frontal.

Após o crime, os condenados tentaram fugir do local, mas foram vistos por uma guarnição da Polícia Militar que fazia rondas pela vizinhança e que tinha escutado os tiros. Os policiais deram ordem de parada, mas o réu que estava na direção do veículo ignorou o comando e tentou fugir em alta velocidade.

Porém, no final de uma rua, eles desceram do carro, momento em que um dos réus efetuou disparos de arma de fogo. Na sequência, eles entraram em uma área de mata, mas foram alcançados e detidos pelos policiais.

Apesar de ter sido socorrida com vida, a vítima não resistiu à gravidade dos ferimentos e faleceu no dia 30 de outubro de 2020.

Recurso

Cabe recurso da sentença, mas a Justiça concedeu somente a um dos réus o direito de recorrer em liberdade, o outro segue preso preventivamente.