Polícia de SC prende mais dois suspeitos de apologia ao nazismo e racismo
3 de abril de 2023
Operação está relacionada ao grupo criminoso de São Pedro de Alcântara
A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu dois homens, em Caxias do Sul (RS), por participação em uma organização criminosa de apologia ao nazismo e práticas racistas. A operação aconteceu na quarta-feira (29) e está relacionada ao grupo localizado em São Pedro de Alcântara.
A dupla detida em ação sigilosa também responderá por organização criminosa. A Polícia de Santa Catarina, responsável pela investigação, disse que a dupla foi identificada por integrar um grupo skinhead neonazista transnacional.
Os dois novos presos pela Polícia Civil de Santa Catarina em uma investigação contra suspeitos de integrarem uma célula neonazista com elo internacional foram indiciados por organização criminosa, racismo e apologia ao nazismo. A dupla foi detida no Rio Grande do Sul em uma ação sigilosa na quarta-feira (29).
A prisão de Fábio Lentino e Rodrigo de Jesus Tavares aconteceu em Caxias do Sul e foi divulgada na TV no domingo (2). Conforme a Polícia Civil catarinense, que deu detalhes do caso nesta segunda-feira (3), eles foram identificados como integrantes de um grupo skinhead neonazista transnacional.
A defesa de Rodrigo e Fábio respondeu que a dupla nega as acusações feitas e que isso ficará demonstrado durante a instrução processual. A ação ocorreu em decorrência da operação que prendeu, em novembro de 2022, oito integrantes de uma célula neonazista em São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis. O grupo flagrado no sítio e segue preso preventivamente. O inquérito que investigava o caso foi encerrado na sexta-feira (31) e enviado à Justiça.
Veja os crimes:
integrar organização criminosa, com causa de aumento de plena em razão do caráter transacional da ORCRIM (art. 2°, $4°, V, da Lei 12.850/13);
racismo (art. 20, caput, da Lei 7.716/89);
apologia ao nazismo (art. 20, $1°, da Lei 7.716/89).
Novos presos
Segundo informações divulgadas, Fábio Lentino confirmou à polícia que participada de encontros dos brasileiros associados ao grupo internacional neonazista, e que pagava mensalidade.
Ele era operador de áudio na Rádio Gaúcha, do Grupo RBS, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul. Em nota, a empresa disse:
“Sobre a prisão temporária de um colaborador em operação policial realizada na quarta-feira (29), o Grupo RBS reitera seu repúdio a qualquer forma de preconceito e já efetuou o desligamento do funcionário.
Respeito e tolerância são valores fundamentais para a nossa empresa e que constam no nosso código de ética e conduta”.
Já Rodrigo de Jesus Tavares é funcionário dos Correios. Em nota, a assessoria informou:
“Os Correios lamentam o ocorrido e repudiam quaisquer comportamentos dissociados dos valores defendidos pela estatal. A empresa está à disposição para colaborar com as autoridades, no que couber, e tomará as medidas administrativas e cautelares cabíveis ao caso”.
Com informações G1 SC
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