Trio envolvido em matar e queimar corpo de jovem é condenado em SC
8 de setembro de 2023Dois deles foram condenados por homicídio triplamente qualificado
O corpo da vítima foi queimado e localizado dias depois em uma comunidade rural. Durante as investigações, a Polícia encontrou drogas e armas nas casas dos suspeitos, e eles também foram condenados por tráfico e associação ao tráfico de drogas e posse ilegal de armas com numeração suprimida. Em Otacílio Costa, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) levou três homens ao Tribunal do Júri pelo envolvimento em uma morte relacionada ao tráfico de drogas. O julgamento teve 15 horas de duração. O Promotor de Justiça José da Silva Júnior conduziu a acusação e os jurados consideraram que todos os réus tiveram participação no crime. Dois deles foram condenados a 17 anos de reclusão por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e emprego de recurso que dificultou a defesa) e ocultação de cadáver. O outro réu foi sentenciado a um ano e quatro meses em regime aberto por ajudar a transportar e queimar o corpo.
Segundo as investigações, na noite de 19 de julho de 2022, a vítima, um homem de 25 anos, foi até a casa de um dos réus para comprar drogas e acabou sendo morta a chutes e socos após uma discussão. O corpo foi localizado dois dias depois, queimado, na localidade de Fundo do Campo.
A Polícia foi até as residências dos suspeitos e encontrou cocaína, crack, maconha e um revólver. Eles foram presos em flagrante e denunciados pelo MPSC em duas ações distintas: uma por homicídio e ocultação de cadáver e outra por venderem entorpecentes e portarem uma arma irregularmente. Dois deles já foram condenados a 11 anos de reclusão por tráfico e associação ao tráfico de drogas e porte ilegal de armas com numeração suprimida. O outro homem irá prestar serviços comunitários durante 20 meses. Essas condenações serão somadas às penas pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
“A sociedade de Otacílio Costa, representada pelos sete jurados sorteados entre pessoas do povo, soube avaliar fatos e provas, com atenção e cuidado, e, ao final de longo julgamento, decidiu em favor da vida”, diz o Promotor de Justiça José da Silva Júnior.