Projeto do Museu dos Balseiros do Rio Uruguai é apresentado a comunidade do Goio-Ên
20 de janeiro de 2016 O projeto para criação e construção do Museu dos Balseiros do Rio Uruguai (MBRU) foi apresentado à comunidade do Goio-Ên pela Prefeitura de Chapecó. A intenção foi mostrar aos moradores a importância da instalação deste equipamento público na região, principalmente para preservar a história e a memória e incentivar o turismo.
O encontro foi realizado no Salão Comunitário e, de acordo com a Secretária de Cultura Roselaine Vinhas, a ideia foi bem recebida. “O Novo Museu será um atrativo a mais no espaço que hoje é indutor turístico, econômico e cultural. Além de se constituir em uma merecedora homenagem aos trabalhadores pioneiros que contribuíram para o surgimento e crescimento da cidade”, ressalta.
O novo equipamento público vai oportunizar o acesso à informação, promovendo a educação patrimonial. Será um local aberto a turistas, estudantes e comunidade, voltado à pesquisa e resgate cultural e econômico. Esta é uma das ações previstas para comemorar o Centenário de Chapecó, que será celebrado em 2017.
O Prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, destaca que a criação do Museu se justifica pela importância de salvaguardar a história e a memória destes que contribuíram para o desenvolvimento da região Oeste de Santa Catarina e Noroeste do Rio Grande do Sul. “Será edificado para ser mais do que um Museu, para ser a porta de entrada na região Sul da cidade. Uma obra contemporânea, inovadora, que irá retratar a realidade de nossos pioneiros, incentivando a educação e o turismo”, destaca.
O Projeto do novo Museu foi aprovado pelo Ministério da Cultura. O valor total da obra é de R$ 1.640.000,00. Neste primeiro momento, serão disponibilizados R$ 350.000,00, via Lei Rouanet, com captação de recursos da Foz do Chapecó. A previsão de início das obras é para fevereiro de 2016.
Projeto
O Museu será edificado no Completo Turístico Goio-Ên, ao lado esquerdo da ponte. A construção utilizará materiais rústicos, como madeira, pedra e reboco, remetendo às características das construções da época. A principal marca da arquitetura externa do prédio será o elemento da balsa, formada por troncos de madeira. A balsa será percebida também na parte interna do museu, tendo como pano de fundo o lago e os belos morros no lado do Rio Grande do Sul.
O museu será adaptado e terá acesso específico para pessoas com deficiência (visual, auditiva, intelectual, motora, entre outros) a todos os ambientes.
Acervo
O Museu conta com alguns objetos já coletados e doados. Remetem ao cotidiano de pessoas simples e trabalhadoras que tinham na função de balseiros uma renda extra, no intervalo das colheitas.
Fazem parte do acervo: foices, machados, correntões, cangas, maios, viradores, serrotes, réplicas de balsas, chaleiras, panelas, fotos, além de recursos tecnológicos de áudio visual e relatos, depoimentos e entrevistas que expressam sonhos, alegrias, tristezas e esperanças.
“Vamos continuar coletando materiais, realizando conversas, ouvindo pessoas para enriquecermos ainda mais o nosso acervo. Será uma tarefa minuciosa, que requer conhecimentos e técnicas. Uma forma de contribuir com o legado deixado por estes trabalhadores, pioneiros em nosso município”, destaca a Secretária Municipal de Cultura, Roselaine Vinhas.
O Museu contará também com uma biblioteca específica sobre o ciclo econômico e uma sala de pesquisa das entrevistas e acervo iconográfico disponível ao público. Comportará auditório para receber visitantes, turistas e alunos de escolas e universidades para palestras, cursos e aulas sobre a ótica dos balseiros.