Doação de órgãos: um ato de amor ao próximo

Doação de órgãos: um ato de amor ao próximo

26 de setembro de 2023 Off Por Editor



  • Nesta quarta-feira (27) é celebrado o Dia Nacional da Doação de órgãos. Data tem a missão de chamar a atenção para esse ato de amor ao próximo e da conscientização no meio familiar

    A doação é um ato que transforma vidas. Esse ato de amor ao próximo, em espírito de solidariedade, garante à pessoa que recebe melhora da sua condição de vida para voltar às atividades diárias com a família, amigos e trabalho. Dados do SC Transplante registram que, entre agosto de 2022 a julho de 2023, a lista de espera por um transplante chegou a 1.403 catarinenses, sendo que a maior necessidade é para doação de rim. Até o mês de julho de 2023, conforme dados oficiais, foram realizados 980 transplantes em Santa Catarina.

    No aspecto nacional, de acordo com os dados do Ministério da Saúde, em 2023, 4,3 mil transplantes aconteceram entre janeiro a junho, 16% a mais que no mesmo período de 2022. Esse aspecto positivo vem enaltecer a importância da doação de órgãos no Brasil, mesmo ainda com a barreira deste assunto no meio familiar.

    Médico cirurgião, que há mais de 20 anos realiza transplantes renais, especialista em cirurgia geral, do aparelho digestivo, cirurgia bariátrica, hiperidrose, Dr. João Baroncello reforça a necessidade da conscientização para que mais pessoas se tornem doadores e possam transformar a vida de outras pessoas.

    “É importante que as pessoas se conscientizem sobre a doação, que conversem com seus familiares sobre serem doadores e, mesmo no momento difícil, poder ajudar muitas pessoas”, destaca o médico cirurgião. Nesta quarta-feira (27) é celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos.

    Transplante Renal

    Há 12 anos, o farmacêutico Samuel João Marmentini, é um transplantado renal. Ele descobriu a doença em 2011 e, na época realizava hemodiálise três vezes por semana em Chapecó. “Foi um processo dolorido, um processo estressante, pois você fica naquela agonia de não saber até quando você vai precisar do tratamento da hemodiálise”, explica. No dia 15 de agosto de 2011, Samuel, que hoje é presidente da Associação dos Pacientes Renais de Chapecó (APAC), recebeu a doação do rim própria mãe.

    “Fiz o transplante e mudou totalmente minha vida, pois minha mãe me deu a vida pela segunda vez: primeira no nascimento e a e depois doando um rim dela para que pudesse sair da máquina, daquela agonia de um processo dolorido para quem faz hemodiálise. Hoje tenho uma vida normal, trabalho, estudo e minha mãe também, que é professora, continua dando aula e tem uma vida normal”, enfatiza Samuel. Ele destaca a importância do tema ser debatido entre a família, onde um doador pode salvar inúmeras vidas.

    Dr João explica que as equipes para este procedimento são formadas por dezenas de profissionais médicos, cirurgiões anestesistas, enfermeiros e técnicos. Neste caso, o doador tem alta em três dias e o receptor em uma semana, em caso de procedimento entre vivos. A volta às atividades acontece após um mês da cirurgia.
    “Realizo transplante renal desde outubro de 2000, onde cada transplante é uma nova experiência e uma nova expectativa para o melhor resultado possível. A doação é um ato de respeito ao próximo, sendo que muitas vidas podem ser salvas. Converse com sua família sobre o assunto e seja um doador”, enfatiza Baroncello.

    Dr João Baroncello é médico cirurgião, há mais de duas décadas na região, e foi pioneiro na realização de transplantes – Foto: Crédito: Assessoria de Imprensa/ Divulgação