Embaixador de Israel censura governo brasileiro por não considerar Hamas um grupo terrorista
24 de outubro de 2023O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, disse, em entrevista que acha “estranho” como o governo brasileiro tem lidado com os discursos antissemitas e pró-Hamas que têm sido proferidos nas redes sociais e por políticos nos últimos dias.
“Nós pensamos que matar crianças, bebês, mulheres, decapitar, estuprar, além de atacar civis em suas casas e queimar tudo, é terrorismo. O governo brasileiro não pensa assim. Pelo menos pelas palavras que usaram”, disse o Zonshine. O Ministério das Relações Exteriores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificaram os assassinatos de civis em Israel como terrorismo no sábado (7), quando os ataques começaram. Mas o governo brasileiro em nenhum momento reconheceu o Hamas, responsável pelos atentados, como uma organização terrorista. O argumento usado foi que a definição não é adotada pelo Conselho de Segurança da ONU. Apesar de entender que o atual governo tem opiniões e formas diferentes de tratar desse tema, o embaixador enfatizou que a definição do governo brasileiro sobre o que é terrorismo é bastante controversa.
Ele classificou ainda como vergonhoso para todos os brasileiros o fato de haver, no país, partidos políticos que apoiam e tratam um grupo terrorista como o Hamas como “movimento” pró-libertação da Palestina.
Segundo Zonshine, muitas pessoas não israelenses estão se oferecendo para combater por Israel, mas por enquanto a ajuda deles ainda não é necessária. Ele contou que os telefones da Embaixada de Israel no Brasil estão recebendo centenas de ligações de voluntários que estariam dispostos a lutar contra o Hamas.
Com informações Gazeta do Povo