Reviravolta: esposa que matou coronel da PM com golpe de halter em SC é inocentada
25 de outubro de 2023A mulher chegou a ser condenada em um segundo julgamento
A mulher julgada por ter matado o marido, o coronel da reserva da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) Silvio Gomes Ribeiro, teve a decisão de inocentá-la dada pelo Tribunal do Júri, confirmada pelo Superior Tribunal Federal (STF) na última segunda-feira (23). A mulher era ré por matar o marido em 2019, na Capital, com um golpe de halter de academia na cabeça. A reviravolta na condenação de Tânia Zappeline ocorre após ela ter sido absolvida pelo Tribunal do Júri de Florianópolis, em 2021. Entretanto, o Ministério Público recorreu e o Tribunal de Justiça de Santa Catarina anulou o júri. O argumento para a anulação era de ter sido o resultado do julgamento contrário às provas dos autos. A defesa então recorreu ao Superior Tribunal de Justiça e posteriormente ao Supremo Tribunal Federal. Os advogados defenderam sob o argumento da “soberania das decisões dos jurados”. Antes de uma nova decisão do STF ocorresse, o juiz da Capital marcou um novo júri. No novo júri, realizado no último dia 17, que durou mais de 20 horas, a acusada foi condenada por homicídio privilegiado à pena de 8 anos de prisão. Nesta semana o STF julgou o recurso da defesa e decidiu manter o resultado do primeiro júri que absolveu a esposa sob o argumento de que a “decisão dos jurados é soberana e deve ser respeitada”. Agora, a mulher é considerada inocente pela justiça. Cláudio Dalledone, advogado de Tânia, entende que: “O STF restabeleceu o que o povo decidiu e deixou claro que a Justiça do povo é soberana”.
Relembre o caso
O crime aconteceu em maio de 2019, na casa da vítima. Conforme a 37ª Promotoria de Justiça da Capital, Tânia golpeou o marido com um halter de academia, causando traumatismo crânioencefálico. Na sequência, cortou com uma faca o punho direito e o pescoço da vítima. A mulher confessou ter cometido o assassinato e foi absolvida em agosto de 2021, mas o júri acabou anulado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) em 4 de agosto de 2022. A esposa dizia que era ameaçada pelo marido. Silvio Ribeiro era Coronel da PMSC e encerrou a carreira em 2014, quando era o comandante do 21º Batalhão, no Norte da Ilha. Conforme o Ministério Público, ele era pai de cinco filhos e trabalhou por mais de 30 anos na Polícia Militar catarinense.
Com informações SCC10