Lei em Chapecó proíbe participação de atletas transexuais em equipes diferentes do sexo biológico

Lei em Chapecó proíbe participação de atletas transexuais em equipes diferentes do sexo biológico

27 de outubro de 2023 Off Por Editor



  • A nova legislação para competições esportivas já está em vigor e tem gerado discussões acaloradas na cidade do Oeste de Santa Catarina

    Nesta quarta-feira (25), o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD-SC), sancionou uma lei que proíbe a participação de atletas transexuais em equipes de sexo diferente do seu sexo biológico. A nova legislação para competições esportivas já está em vigor e tem gerado discussões acaloradas na cidade do Oeste de Santa Catarina.

    De acordo com a determinação, a “Lei da Justa Competição no Esporte” estabelece o sexo biológico como critério exclusivo para definição de gênero em competições esportivas oficiais, amadoras ou profissionais apoiadas ou promovidas pela Administração Pública de Chapecó. A lei também veda a participação de atletas transgêneros em categorias que não correspondam ao sexo atribuído no nascimento, a menos que se trate de categorias abertas.

    A indicação do sexo biológico deve ser feita pelo atleta no momento da inscrição na competição esportiva. Qualquer entidade de administração esportiva que não cumprir essa determinação estará sujeita a multas e os atletas transgêneros que não informarem seu sexo biológico também correm o risco de serem multados. A multa imposta pela nova legislação será revertida para a Fundação de Esporte de Chapecó, um órgão ligado ao esporte na cidade.

    A decisão do prefeito e a implementação da lei, proposta pelo vereador Wilson Cidrão, geraram controvérsias e divisões na cidade. Defensores da legislação argumentam que ela visa garantir a equidade e justiça nas competições esportivas, enquanto críticos veem a medida como discriminatória e prejudicial aos direitos das pessoas transexuais.

    Procurada pela coluna, a prefeitura de Chapecó afirmou que “a administração concordou com os argumentos do vereador proponente e sancionou a lei pois houve questionamentos a respeito do assunto em competições locais. Por isso aprovou a regra, por entender que ela promove uma disputa mais igualitária”.

    Confira o documento da lei: