Juíza trabalhista que gritou com testemunha pede afastamento por problemas de saúde
1 de dezembro de 2023Em audiência vitural no dia 14 de novembro, em Xanxerê, a juíza trabalhista gritou com uma testemunha por ela não ter a chamado de “Excelência”
A juíza trabalhista Kismara Brustolin que gritou com uma testemunha por ela não ter a chamado de “Excelência” pediu afastamento por problemas de saúde. A informação foi confirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT).
Entenda o caso
Na audiência virtual que ocorreu no dia 14 de novembro, em Xanxerê, a juíza gritou com uma testemunha e desconsiderou o depoimento dela por ter “faltado com a educação”. “Eu desconsiderei o depoimento desta testemunha porque faltou com a educação. Se o senhor quer registrar os protestos, eu aceito e, depois, o senhor pode recorrer, fica no seu direito”, justificou a magistrada ao advogado, que acompanhava a cena em silêncio. “Ele (testemunha) não cumpriu com a urbanidade e a educação”, disse a juíza em um trecho da sessão. O homem parece confuso. A magistrada, então, manda ele repetir a frase. “O senhor não é obrigado, mas se o senhor não disser isso o seu depoimento termina por aqui e será totalmente desconsiderado”, avisa. Kismara ainda o chama de “bocudo”. A testemunha tenta retomar o relato, mas a juíza determina que o homem seja removido da sala de audiência virtual, o que é cumprido por um servidor da Justiça do Trabalho.
Juíza já havia sido suspensa e será investigada
Após seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina (OAB-SC) pedir “providências” ao Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, a entidade afirmou que a juíza “apresentou atitudes e comportamentos agressivos”. O TRT suspendeu Kismara Brustolin das atividades e instaurou um procedimento para apurar irregularidade na conduta da magistrada “A suspensão da realização de audiências deverá ser mantida até a conclusão do procedimento apuratório de irregularidade ou eventual verificação de incapacidade da magistrada, com o seu integral afastamento médico”, disse o tribunal catarinense. A Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) também instaurou na quarta-feira (29), uma reclamação disciplinar sobre as ações da juíza substituta.
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