Justiça condena a mais de 120 anos de prisão homens que assassinaram amigas em SC
1 de dezembro de 2023Gabriela Rocha e Karoline Souza foram mortas com corte na garganta e jogadas em rio
Dois homens foram condenados a mais de 120 anos de prisão por terem assassinado duas amigas, em janeiro deste ano, em Araranguá, no Sul de Santa Catarina. As vítimas Gabriela da Silva Rocha, de 21 anos, e Karoline de Souza, de 24 anos, estavam desaparecidas e foram encontradas mortas dentro de um rio. Segundo a denúncia, os réus foram até a casa das vítimas à noite e desligaram o disjuntor da rede de energia elétrica para atraí-las para fora da residência. Nesse momento abordaram as mulheres, ingressaram no imóvel e sequestraram as vítimas, as amordaçando e amarrando os punhos. Elas foram obrigadas pelos réus a ir até um local ermo às margens do rio Araranguá, na localidade de Volta Curta. Na sequência, uma das vítimas, ex-companheira de um dos réus, foi atingida por golpes de faca na região cervical e jogada ao rio amordaçada, com a cabeça envolvida por um moletom e os punhos amarrados, indo a óbito por choque hemorrágico decorrente de corte no pescoço seguido de afogamento. O crime teria sido praticado por motivo torpe, por vingança por não aceitar o fim do relacionamento. A outra vítima, também amarrada e amordaçada, teve o pescoço cortado e faleceu por choque hemorrágico. A mulher teria sido morta para assegurar a impunidade do crime de homicídio contra a amiga com quem morava. Os corpos foram deixados no rio para que afundassem, mas emergiram e foram encontrados dias após o crime. Além disso, um dos réus teria ameaçado de morte uma testemunha que o apontou como possível autor do crime. Um réu foi condenado pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado contra a ex-companheira – por motivo torpe, emprego de meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio -; homicídio triplamente qualificado por emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, e para assegurar a impunidade de outro crime; sequestro, por duas vezes; ocultação de cadáver; e coação no curso do processo, à pena de 82 anos, dez meses e 23 dias de reclusão. O corréu foi condenado pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e homicídio triplamente qualificado; sequestro, por duas vezes; e ocultação de cadáver, à pena de 42 anos, dez meses e três dias de reclusão. Os acusados tiveram negado o direito de recorrer em liberdade.
Com informações Oeste Mais