Luz e água ficarão mais caras em 2024; saiba quanto
24 de janeiro de 2024As despesas mensais ficarão mais caras com estimativa de acréscimo de 5,6% na conta de luz e de 18% na conta de água
As contas de luz e água dos brasileiros devem ficar mais caras em 2024. No primeiro caso, a estimativa é que o reajuste seja de 5,6% e no segundo, de 18%. É o que apontam as projeções divulgadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon/Sindcon). Para os dois casos, o aumento estimado está acima da inflação projetada para o período, de 3,87%, segundo consulta feita pelo Banco Central. Apesar do reajuste este ano, no caso da tarifa de energia, por exemplo, o aumento em 2023 foi superior, ficaram mais caras em 5,9%. No caso das tarifas de água, os aumentos variam de acordo com estados e municípios.
Por que as contas de luz e água vão ficar mais caras em 2024?
Luz
Os reajustes praticados pela Aneel são feitos anualmente. Para contas de luz ficarem mais caras, fatores como a expansão da rede de transmissão, valor dos subsídios (que são rateados entre os consumidores) e energia contratada no mercado cativo (ou seja, quando a pessoa contrata a energia via distribuição local, de empresas como a Enel, EDP e Light, por exemplo, estipulada pela Aneel, que faz o reajuste anual dos contratos de concessão) influenciam no reajuste da tarifa de energia. Há também fatores regionais e aumentos pontuais, como os custos de atividades relacionadas ao transporte de energia, bem como componentes financeiros e encargos do setor.
Água
No caso das contas de água, ficam mais caras devido ao acréscimo deve ser influenciado pela Reforma Tributária, que tirou todas desonerações da folha de pagamento do setor de saneamento básico em 2024. Com isso, a alíquota deve praticamente triplicar de 9,25% para 27%, o que pode fazer disparar o valor da tarifa para o consumidor. Além disso, o setor vai pagar mais tributos, como Impostos de Bens e Serviços (IBS) nas esferas estadual e municipal. Antes, o imposto era cobrado apenas a nível federal, além do PIS e Cofins. O cálculo do reajuste feito pela Abcon/Sindcon considera todos esses fatores.