Recuperados pelo programa Mão Amiga visitam gabinete do prefeito João Rodrigues

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Seis pessoas que passaram pela operação Internamento Involuntário, dentro do Programa Mão Amiga: Resgate da Dignidade, da Prefeitura Municipal, estiveram no final da tarde de terça-feira, no gabinete do Prefeito João Rodrigues. Desde que iniciaram as ações da Prefeitura, envolvendo as secretarias da Família e Proteção Social, Saúde, Guarda Municipal e Polícia Militar foram abordadas 345 pessoas, em situação de rua ou indicação familiar. Elas foram encaminhadas para clínicas de desintoxicação e/ou tratamento em comunidades terapêuticas. Destes, 130 fizeram o tratamento e estão bem. Outros 67 estão em comunidade terapêutica, 14 em desintoxicação em clínicas, hospitais e leitos do CAPS; 28 realizaram tratamento e foram encaminhados para retorno familiar em outros municípios; 84 recaíram e 22 tiveram outros encaminhamentos. Na visita o prefeito ouviu o relato de superação de quem estava na dependência química e agora tem esperança de um futuro melhor. Renan Garcia disse que ficou 15 anos no vício de crack e álcool e estava em situação de rua. “Fiquei seis anos sem dar abraço na minha filha. Ela precisa de um pai com qualidade. Toda noite ela ora por mim”, disse.
Daniel dos Anjos ficava na rua e dormia num matagal no bairro São Pedro, durante quatro anos, até ser regatado pelo programa Mão Amiga. “Tenho um piá de sete anos e domingo já passei o dia inteiro com ele. Fiquei quatro anos sem ver ele por causa de vergonha de que ele me visse naquela situação que eu estava. E ele sentia falta de conversar comigo. Fizemos comida juntos, levei ele pra aula. Sem comparação, a gente ficar na frente do filho, de cabeça erguida, sabendo que a gente está limpo”, disse. João Rodrigues disse que são relatos como esse, que motivam a Administração Pública a buscar recuperar as famílias, investir no tratamento. “Nós implantamos essa política pública, que foi inovadora no Brasil, para tirar as pessoas da rua e pelos relatos que nós recebíamos das famílias, que sofriam por ter filhos, netos, pais, irmãos, dominados pela dependência. Alguns nos criticaram mas não ficamos de braços cruzados. O que nós pudermos fazer para recuperar a dignidade das pessoas nós vamos fazer. E temos exemplos de pessoas que estavam jogadas na rua e hoje tem emprego e voltaram para suas famílias”, disse Rodrigues.