Lula diz que “mulher não foi feita para apanhar”, diante de acusações ao filho
12 de abril de 2024
As declarações foram proferidas durante a cerimônia de inauguração da pedra fundamental do Instituto Federal de Brasília
Durante um discurso ontem quinta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordou a questão da violência contra a mulher e o papel dos homens na divisão das tarefas domésticas. A crítica do presidente ocorre em meio a acusações feitas contra seu filho, Luís Cláudio Lula da Silva, que teria agredido sua ex-mulher. As declarações do chefe do poder Executivo foram proferidas durante a cerimônia de inauguração da pedra fundamental do Instituto Federal de Brasília no Sol Nascente, uma Região Administrativa situada na periferia do Distrito Federal. “Nesse país existe muita violência contra a mulher, violência dentro de casa porque muitas vezes os maridos não respeitam as mulheres”, disse. Não é a primeira vez que Lula faz gestos em direção ao público feminino. Durante o restante do discurso, o presidente repetiu argumentos que já havia apresentado em outros eventos. No Sol Nascente, ele enfatizou que, enquanto as mulheres conquistaram espaço no mercado de trabalho, os homens ainda não se habituaram a dividir as tarefas domésticas. “A mulher não quer ser tratada como objetivo de cama e mesa. A mulher não quer ser tratada para lavar banheiro, lavar cozinha, lavar louça, fazer almoço, fazer janta, levar criança na escola, lavar roupa. A mulher aprendeu a ir para o mercado de trabalho e nós homens não aprendemos a ir para cozinha, para o tanque. Temos que repartir o trabalho com nossas companheiras”, disse. “Que história o homem ficar no sofá com a ‘bermudona’: amor, me traz uma cerveja, me traz uma batatinha frita, está pronto almoço? Já preparou a criançada para ir para escola? Você lavou minha roupa, amor? Ah, toma vergonha! Levanta e vai ajudar a lavar e passar. Senão, a gente não constrói um mundo decente”, acrescentou o presidente.
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