Fim do El Niño e previsão de La Niña; entenda o que pode mudar no clima
13 de junho de 2024Inmet aponta que novo fenômeno climático, associado à diminuição da temperatura e aumento das chuvas, deve começar no próximo semestre
O El Niño chegou ao fim! A informação foi confirmada pelo Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), que apontou chance de 70% de que ocorrerá a transição para La Niña a partir segundo semestre, em julho. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) aponta que o fenômeno deve trazer clima mais ameno ao planeta. De acordo com o boletim do Inmet, desde junho de 2023 as condições observadas de temperatura da superfície do mar mostram um padrão típico do fenômeno El Niño. Este padrão se apresenta na forma de uma faixa de águas quentes em grande parte do Oceano Pacífico Equatorial. A partir de agosto, essa região apresentou sinais de atividade convectiva anômala em associação ao desenvolvimento de nuvens profundas, que são comumente observadas durante episódios do El Niño. “O El Niño deste período foi classificados como de intensidade moderada a forte e embora não tenha sido o mais intenso já registrado, seus impactos foram significativos e com efeitos variados nas diferentes regiões do País”, informou o Inmet.
Efeitos do La Niña no Brasil ainda são incertos
Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Desastres Naturais (Cemaden), o La Niña no Brasil está associado à chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste e períodos mais secos no Centro-Oeste e Sul. Além disso, a temperatura costuma cair. No entanto, cada edição do fenômeno é única. “O fenômeno deve se desenvolver na segunda metade deste ano. Então, ainda é difícil saber com precisão quais serão os impactos na temperatura e nas chuvas, porque isso vai depender de fatores como onde se localizarão as maiores anomalias de temperatura no oceano Pacífico, como será a configuração do oceano Atlântico e outros fatores”, explica Marcelo Seluchi, coordenador-geral de Operações e Modelagem do Cemaden para o site do Governo Federal.