Operação desarticula redes de fraude bancária em SC; mais de 40 contas são congeladas
19 de julho de 2024Durante o cumprimento das ordens judiciais, três falsas centrais de disparo de SMS em massa e ligações telefônicas foram identificadas
Na última quarta-feira (10), foi deflagrada a Operação Mão Fantasma, com o objetivo de desarticular três organizações criminosas especializadas em fraudes bancárias, especialmente nos golpes conhecidos como “mão fantasma/acesso remoto” e “falsa central de atendimento”. Durante o cumprimento das ordens judiciais, três falsas centrais de disparo de SMS em massa e ligações telefônicas foram identificadas e desmanteladas. As investigações indicam que as três organizações criminosas são responsáveis por pelo menos 255 furtos e estelionatos por meio de fraudes cibernéticas apenas em Santa Catarina, embora haja possíveis vítimas em todo o país. Além disso, estima-se que esses grupos movimentaram cerca de R$ 90 milhões em transações suspeitas nos últimos 10 anos. Atendendo a uma representação policial e ao requerimento da Promotoria de Justiça da Comarca de Ascurra, o Poder Judiciário de Santa Catarina determinou o congelamento dos ativos financeiros de 44 pessoas físicas e jurídicas investigadas por lavagem de dinheiro, resultando no bloqueio de aproximadamente R$ 300 mil.
Criminosos que movimentaram mais de R$ 90 milhões em golpes são presos em SC
Na manhã desta quarta-feira (10), uma grande operação policial foi deflagrada com o objetivo de desarticular três organizações criminosas investigadas por movimentar mais de R$ 90 milhões em golpes em Santa Catarina. A Operação Mão Fantasma foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), por meio do Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGAECO), Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e Delegacias de Polícia Civil de Ascurra (SC) e Turvo (SC).
Denúncias de golpes bancários
Ainda de acordo com a PCSC, a primeira investigação foi conduzida pela Delegacia de Polícia de Ascurra e pela CyberGAECO em 2022, após o registro de diversos Boletins de Ocorrência sobre furtos de valores de contas bancárias através da instalação de aplicativos de gerenciamento remoto, que permitia que os criminosos controlassem os celulares das vítimas para realizar as transferências do dinheiro. A investigação identificou os principais números de telefone 0800 utilizados pelos grupos criminosos, que simulavam falsas centrais de atendimento de instituições financeiras. A polícia também conseguiu identificar os suspeitos de operar essas falsas centrais e os demais integrantes das organizações criminosas responsáveis por obter os dados das vítimas. Com as informações, os autores enviavam falsos SMS e criavam contas correntes em nome de ‘laranjas’ para recepcionar os valores furtados. Estima-se que durante o período investigado, os criminosos tenham furtado mais de R$ 5 milhões de vítimas somente em Santa Catarina. Já a investigação realizada pela Delegacia de Turvo (SC), com o apoio da DEIC, iniciou após uma vítima, de 70 anos, denunciar o furto de R$ 86.550,00, através de transferências para golpistas, que ela acreditava se tratar de funcionários de uma instituição financeira.
Veja como funciona o Golpe da Mão Fantasma